Liberman pede demissão do rabino-chefe
O rabino-chefe sefaradita Yitzhak Yosef pediu no sábado ao recém-nomeado ministro da Saúde e do Interior, Moshe Arbel, que autorize financiamento às prefeituras apenas se elas construírem sinagogas e yeshivot, embora admitindo que tal ação seria ilegal e encorajando o ministro do Shas a encontrar maneiras “inteligentes” para fazer isso.
Yosef parabenizou Arbel por seu novo cargo no governo e disse que ele pode fazer muito “para ajudar a nação de Israel”, em comentários em uma aula semanal pós-Shabat. O deputado do Shas assumiu oficialmente os ministérios na quarta-feira depois que o líder do partido Aryeh Deri foi forçado a deixar os cargos, em janeiro.
Alguns jornalistas haredim sugeriram que os comentários do rabino foram feitos em tom de brincadeira, embora até a tarde de domingo ele não tivesse divulgado um esclarecimento.
Na manhã deste domingo, o presidente do partido Yisrael Beytenu, Avigdor Liberman, escreveu em sua conta no Twitter que “o rabino-chefe deveria ser demitido hoje”, disse explicitamente, mas “de uma forma inteligente”, segundo ele. “Chegou a hora de acabar com a loucura de roubar o erário público por combinações e negócios dos empresários ultraortodoxos na Knesset e nas instituições oficiais do Estado. A separação entre religião e estado é a ordem do momento”.
O Movimento para o Governo de Qualidade em Israel apresentou uma queixa contra o rabino-chefe. O Rabino Yitzhak Yosef é um dos juízes no sistema judiciário rabínico de Israel.
A organização acusou Yosef de violar “várias regras de ética que se aplicam a ele como juiz”.
O grupo chamou os comentários de “inaceitáveis”, seu comportamento “inapropriado para o status de um juiz rabínico” e pediu que os comentários fossem investigados.
LEIA TAMBÉM
- 28/12/2022 – Partidos religiosos definem cargos no governo
- 14/12/2022 – Knesset aprova “Lei Deri” em leitura preliminar
- 17/12/2022 – Quem serão os próximos rabinos-chefes de Israel?
Arbel foi escolhido pelo Conselho de Sábios da Torá do Shas para servir como ministro da saúde e do interior, enquanto seu partido continua pressionando pela reintegração de Deri nessas funções.
O presidente do Shas foi condenado por suborno durante sua primeira passagem como ministro do Interior no final dos anos 1990 e sentenciado à prisão. Em 2022, ele foi condenado a pena suspensa após concordar com um acordo judicial relacionado a delitos fiscais.
Depois que o Supremo Tribunal considerou as nomeações de Deri como ministro da Saúde e do Interior “irracionais ao extremo”, devido à sua reincidência, a coalizão tem buscado uma legislação que permita a Netanyahu renomeá-lo.
O tribunal também decidiu que o princípio da interdição impedia Deri de ocupar um cargo ministerial porque, em seu acordo judicial de janeiro de 2022, ele deu ao Tribunal de Magistrados de Jerusalém a impressão de que estava deixando a política permanentemente para garantir o acordo.
Deri nega que tenha se comprometido a se aposentar definitivamente da vida política.
Um projeto de lei que abriria caminho para a renomeação de Deri, impedindo os tribunais de intervir nas nomeações ministeriais, que passou em sua primeira leitura na Knesset, foi pausado junto com o a legislação de revisão judicial do governo de Netanyahu.
Fontes: The Times of Israel e Kipa
Fotos: Wikimedia Commons
Estes rabinos ultra ortodoxos deviam ir morar no Irã junta se toda loucura de uma vez só com seus irmãos de fé satanica