Levin ameaça deixar governo se reforma não avançar
O ministro da Justiça, Yariv Levin, estaria ameaçando sair do governo, se pelo menos parte de sua proposta de revisão judicial não for aprovada antes do recesso da Knesset, no final de julho.
Levin disse que se as negociações mediadas pelo presidente Isaac Herzog não forem frutíferas, ele quer seguir em frente com a proposta de legislação de qualquer maneira, assim que o orçamento do estado for aprovado, informou o Canal 12 no domingo.
O ministro da Justiça, um dos principais arquitetos do plano do governo para exercer maior controle político sobre o judiciário, teria dito a seus correligionários que, se nada for feito nos próximos dois meses, “que motivo eu tenho para estar no governo?”
Segundo o canal 12, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está ansioso para terminar a atual sessão da Knesset, em 30 de julho, sem trazer nenhuma legislação altamente controversa de volta ao plenário do parlamento. Para isso ele terá que apaziguar Levin e outros membros de sua coalizão com ideias semelhantes.
As negociações estão em andamento, mas não está claro quanto progresso foi feito. Na semana passada, o líder do Yisrael Beytenu, Avigdor Liberman, pediu aos colegas da oposição, Yair Lapid e Benny Gantz, que abandonassem as negociações, lançando dúvidas sobre a sinceridade do governo.
Levin, por muito tempo, expressou resistência em interromper a legislação, embora desde então tenha dito que acredita que as conversas na residência do presidente devem ter uma chance.
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Segundo a mídia israelense, o ministro da Justiça havia procurado o líder do Ra’am, Mansour Abbas, na tentativa de obter seu apoio para a legislação como uma “rede de segurança”. Abbas disse que não votaria a favor da proposta de legislação em sua forma atual.
Os críticos dizem que a reforma vai minar o poder da Suprema Corte de Justiça de agir como um freio e contrapeso contra o parlamento, corroendo perigosamente o caráter democrático de Israel. Os defensores dizem que a legislação é necessária para controlar o que eles veem como um sistema judicial excessivamente intrusivo.
A questão foi colocada em segundo plano durante o conflito de cinco dias com Gaza, que culminou em um cessar-fogo na noite de sábado.
Fonte: The Times of Israel
Foto: Kobi Gideon (GPO) e Wikimedia Commons
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