IsraelNotícias

Jornalista e médico mantiveram Noa no cativeiro

Noa Argamani foi mantida como refém por um jornalista da Al-Jazeera e por seu pai, médico, de acordo com a mídia palestina. Argamani foi libertada no sábado na ousada operação das FDI no campo de refugiados de Nuseirat junto com outros três prisioneiros

Segundo o presidente do Euro-Med Human Rights Monitor, Rami Abdu, “em um depoimento inicial que documenta os assassinatos cometidos hoje pelo exército israelense no campo de Nuseirat, o EuroMedHR informou que o exército israelense usou uma escada para entrar na casa do Dr. Ahmed Al-Jamal. O exército executou imediatamente Fatima Al-Jamal, de 36 anos, ao encontrá-la na escada. As forças invadiram então a casa e executaram o seu marido, o jornalista Abdullah Al-Jamal, de 36 anos, e o seu pai, de 74, o exército também atirou na filha, Zainab, de 27 anos, que sofreu ferimentos graves”.

Abdullah al-Jamal trabalhou para a Al Jazeera e publicou artigos quase diários em inglês no “Palestine Chronicle” desde o início da guerra. Há três dias, pouco antes da operação em Nuseirat, ele escreveu sobre o assassinato do prefeito de Nuseirat, ao qual se referiu como “o melhor prefeito”, apesar de ser membro do Hamas e de participar no terrorismo.

No dia anterior, ele trouxe depoimentos do que chamou de “massacre na escola Nuseirat”, onde, segundo as FDI, pelo menos 17 terroristas escondidos na escola da UNRWA foram mortos.

Em outro artigo, há uma semana e meia, ele escreveu sobre as dificuldades do povo depois de sofrer um massacre, enquanto outro artigo dizia que a resistência é a sua única opção. O artigo incluía alegações infundadas, como a captura de soldados em Jabaliya, que as FDI negaram categoricamente.

No primeiro artigo que publicou depois de 7 de outubro, referiu-se ao massacre de 7 de outubro como uma “operação corajosa” do Hamas.

LEIA TAMBÉM

No site da Al Jazeera, ele é descrito como autor de reportagens frequentes sobre os protestos na fronteira de Gaza de 2018 a 2019, chamados de “Grande Marcha do Retorno” pelos palestinos. Ele também foi listado como porta-voz do Ministério do Trabalho administrado pelo Hamas em Gaza.

O Hamas está pagando  aos civis palestinos na Faixa de Gaza até 70 shekels (US$ 19) por dia para vigiar os reféns israelenses feitos em 7 de outubro, disse um prisioneiro libertado na semana passada.

A operação das FDI foi inicialmente chamada de “Sementes de Verão” e mais tarde de “Operação Arnon”, em homenagem à morte do soldado das forças especiais Arnon Zamora. Além de Noa Argamani, também foram resgatados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, Almog Meir Jan, Shlomi Ziv e Andrey Kozlov, após 246 dias em cativeiro do Hamas.

As forças invadiram dois locais. Noa estava detida no térreo de um prédio e Andrey, Shlomi e Almog no terceiro andar de outro prédio. Os dois edifícios estavam separados por algumas centenas de metros e os cativos eram mantidos por famílias de Gaza, pagas pelo Hamas.

Os mentores da operação consideraram resgatar Noa Argamani separadamente, mas decidiram não fazê-lo, temendo que o resgate de Noa pudesse piorar a situação dos outros reféns. Portanto, foi decidido invadir os dois edifícios simultaneamente.

Ao retornar a Israel, Noa se encontrou com seu pai e mais tarde com sua mãe Liora, que está com câncer terminal, e tinha um desejo de “ver Noa antes de seus últimos dias”. O parceiro de Noa, Avinatan Or, permanece em cativeiro.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet e Israel Today
Fotos: FDI

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo