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Jornal grego dissemina antissemitismo

O jornal grego Makeleio comparou o CEO da empresa farmacêutica americana Pfizer, Albert Bourla, a Josef Mengele, o médico oficial da SS que em Auschwitz conduziu “experimentos médicos” brutais com prisioneiros judeus.

Há poucos dias, na primeira página, o jornal publicou fotos de Bourla e Mengele, e uma terceira imagem mostrando os uniformes listrados usados por judeus em campos de concentração e extermínio, com uma manchete que dizia “O veterinário judeu que nos espetará com uma agulha”.

Ao mesmo tempo, em um artigo interno, o jornal afirmava que o “judeu grego” participava de especulações financeiras “com uma vacina não testada à custa do povo grego” e chamou a vacina Covid-19 que a Pfizer estava desenvolvendo de “veneno”.

Bourla é descendente de uma família que incluía alguns dos únicos sobreviventes da comunidade judaica de Salônica, dizimada no Holocausto.

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O Makeleio, há poucas semanas, foi multado em 2.200 dólares e seu diretor acusado de difamação, após publicar uma nota chamando um ex-líder da comunidade judaica em Atenas, Minos Moissis, de um “judeu vulgar que dirige uma empresa de agiotagem”.

O Conselho Central das Comunidades Judaicas da Grécia condenou as postagens do Makeleio em um comunicado, afirmando que elas produzem “indignação e repulsa” e sustentou que cada artigo “perpetua o ódio e a intolerância contra os judeus”.

Por sua vez, o Ministério grego de Educação e Assuntos Religiosos também condenou o jornal em um comunicado, chamando-o de “o mais vil antissemitismo que lembra a Idade Média”.

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