Israelense de origem etíope no Ministério da Aliá
Pnina Tamano-Shata, é a primeira israelense de origem etíope nomeada para chefiar um ministério. Pnina, do partido Kahol Lavan, cujo líder é Benny Gantz, estará à frente do Ministério de Aliá e Integração.
Pnina nasceu na vila de Wuzaba, em 1981, e veio para Israel como parte da onda de aliá etíope conhecida como Operação Moisés, em 1984. Para chegar a Israel, ela, com três anos, juntamente com seu pai e cinco irmãos, caminhou para o Sudão, onde eles e milhares de outros foram transportados de avião ao estado judeu. Sua mãe ficou e a família só se reuniu vários anos depois
A família de Pnina estava entre os quase 7.000 judeus etíopes resgatados por Israel, entre novembro de 1984 e janeiro de 1985.
No início dos anos 80, cerca de 16.000 judeus etíopes saíram a pé de suas casas no norte da Etiópia para chegar ao Sudão e depois a Israel. Eles, assim como os cidadãos não judeus, foram impedidos de deixar a Etiópia e, por isso, fizeram a jornada em segredo. Cerca de 1.500 morreram no caminho ou em campos de refugiados no Sudão.
O Sudão, país de maioria muçulmana e parte do mundo árabe, era um inimigo de Israel, na época, e a evacuação foi realizada clandestinamente. As primeiras operações para levar judeus etíopes a Israel foram realizadas pelo Mossad, serviço secreto de Israel, em uma série de ações ousadas, em 1980.
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Pnina é mestre em Políticas Públicas pela Universidade de Tel Aviv e bacharel em Direito pela Ono Academic College. Em 2012, ela ingressou no partido Yesh Atid liderado por Yair Lapid, foi eleita para a Knesset, tornando-se a única mulher israelense de origem etíope a ser eleita para o parlamento israelense. Foi nomeada vice-presidente da Knesset durante seu primeiro mandato. Em 2015, figurou na lista do jornal TheMarker dos 100 israelenses mais influentes daquele ano.
Em março de 2020 juntou-se ao Kahol Lavan.
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