Israel vive o pior desastre ecológico em 40 anos
O Ministério de Proteção Ambiental está em contato com organismos internacionais para tentar localizar a fonte de um derramamento de óleo em alto-mar que depositou dezenas de toneladas de alcatrão em mais de 160 quilômetros de sua costa.
A Agência Europeia EMSA (Agência Europeia de Segurança Marítima) e a REMPEC (Centro Regional de Resposta à Poluição Marinha no Mediterrâneo), de Malta, identificaram uma mancha de óleo ocorrida em 11 de fevereiro como resultado de emissões de navios, na frente de Ashkelon, a 50 quilômetros da costa de Israel.
A equipe da Unidade Marinha do Ministério da Proteção Ambiental está em contato com as autoridades europeias na tentativa de identificar as embarcações que navegaram perto do local da mancha no período informado, a fim de descobrir a origem da poluição. Nesta fase, um exame do Ministério da Proteção Ambiental levanta a possibilidade de investigar pelo menos 10 navios que passaram pelo local no período.
Dos dez navios suspeitos que passaram pela área, dois chegaram ao porto de Ashdod. Inspetores da unidade naval do ministério realizaram uma inspeção surpresa na última quinta-feira em um dos navios suspeitos que ainda estava no porto, mas foi descartado como uma possível fonte e foi considerado normal em todos os parâmetros. O outro navio suspeito não está mais em Israel.
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Ativistas começaram a relatar globos de alcatrão preto na costa de Israel na semana passada, depois que uma forte tempestade levou os derivados do petróleo para a costa, causando estragos na vida selvagem. Pesquisadores do Ministério da Agricultura do país informaram, no domingo, que uma baleia de 17 metros apareceu morta na reserva Nitzanim, no sul de Israel, junto com outras espécies marinhas, mas ainda não se sabe se a causa foi o alcatrão.
A Ministra da proteção Ambiental, Gila Gamliel diz que a poluição ao largo da costa é de uma “magnitude que não víamos há anos”. Especialistas em meio ambiente acreditam que é um dos maiores e mais complexos eventos de poluição que já experimentamos e que a reabilitação pode levar meses.
O Dr. Dor Adelist da Escola Charney de Ciências Marinhas da Universidade de Haifa disse que “minha maior preocupação é que ainda há muito óleo no mar que agora está envenenando os animais”. Na opinião do Dr. Adelist “este é o maior evento do gênero nas últimas quatro décadas na costa israelense”.
Foto: Yossi Aloni (Flash90)
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