Israel permanece isolado do resto do mundo
Enquanto países em todo o mundo reabrem para turistas, incluindo nações fortemente afetadas pela pandemia de coronavírus, como Itália e Espanha, o céu de Israel permanece fechado.
Apesar das promessas de que o Aeroporto Ben Gurion seria reaberto em 1º de julho e depois em 1º de agosto, o progresso na reabertura do país para turistas estrangeiros parece ter parado.
Em julho de 2019, 346.000 turistas voaram para Israel através do Aeroporto Ben Gurion. Nas últimas duas semanas, apenas 13.000 passageiros entraram em Israel, todos eles novos imigrantes ou cidadãos israelenses. Quatro deles foram testados positivo para o coronavírus.
A Islândia, os Emirados Árabes Unidos e outros países reabriram aos turistas com base em um modelo de duplo teste. A política exige que os passageiros testem negativo para o vírus 72 horas antes da partida. Quando chegam ao país de destino, os passageiros são testados novamente no aeroporto e enviados para um hotel por algumas horas, enquanto aguardam os resultados. Depois de receberem a confirmação de um resultado negativo via SMS, os turistas ficam livres para explorar o país.
LEIA TAMBÉM
- Israel adia liberação de entrada de estrangeiros
- Ampliadas regras para familiares entrarem em Israel
- Aeroporto Ben Gurion deve reabrir em 1º de junho
“O mundo concorda com este modelo, teste antes da decolagem, teste após o pouso”, disse Alon Katzaf, CEO da David Shield, uma empresa privada que tem a intenção de estabelecer um laboratório de testes de coronavírus no aeroporto Ben Gurion.
“Com testes duplos, é quase garantido que o turista não carrega o vírus”, disse Katzaf. “Istambul montou um laboratório que pode realizar 40.000 testes de uma só vez e, na Tailândia, o país deverá abrir em breve, usando exatamente esse modelo. Pode ser implementado em qualquer país do mundo e custará ao passageiro cerca de US$ 200.”
De acordo com Katzaf, “existem outros desenvolvimentos em relação a testes por respiração e, quando estiverem prontos, será muito mais barato, mais rápido e mais simples. Mas até lá, devemos nos alinhar com o que está acontecendo no resto do mundo.”
Segundo Ashi Shalmon, chefe de Relações Internacionais do Ministério da Saúde de Israel, seu ministério se opõe ao estabelecimento de um laboratório de testes no Aeroporto Ben Gurion.
“Os laboratórios de testes são um recurso nacional, e a situação em Israel não é boa, em termos de morbidade”, disse ele. “Os céus não reabrirão até setembro. Precisamos assumir o controle do que está acontecendo no país e depois podemos pensar em reabrir lentamente os céus”.
Na opinião do deputado Naftali Bennett “fechar o céu de Israel é um terrível problema de subsistência que afeta centenas de milhares de israelenses em várias indústrias. Israel é uma ilha. Não possui conexão terrestre com nenhum país do mundo e dependemos do nosso aeroporto. Não podemos ficar fechados por tanto tempo”.
Bennett também criticou a política de quarentena de duas semanas de Israel para a chegada de passageiros. “Não faz sentido que todos que desembarcarem em Israel sejam obrigados a se colocar em quarentena por duas semanas. Somos um país vermelho que exige que cidadãos de países verdes sejam isolados. Precisamos aceitar cidadãos de países verdes sem colocá-los em quarentena.”
Pingback: Israel permanece isolado do resto do mundo - Rede Israel
Pingback: Proibida entrada de estrangeiros até 1º de setembro – Revista Bras.il
Pingback: Férias na Europa sem quarentena – Revista Bras.il