Israel parte para ofensiva total em Gaza
O ministro da Defesa Yoav Gallant garantiu, nesta terça-feira, que Israel caminha para uma “ofensiva total” na Faixa de Gaza, no quarto dia de guerra.
“Eu liberei todas as restrições, recuperamos o controle da área fronteiriça e estamos caminhando para uma ofensiva total”, disse Gallant em um discurso às tropas ao longo da fronteira de Gaza, informou o The Times of Israel.
“Eles terão a capacidade de mudar a realidade aqui. Eles viram os preços pagos e poderão ver a mudança. O Hamas queria mudanças em Gaza e vai mudar 180 graus em relação ao que eu pensava”, disse ele.
“Vocês vão se arrepender deste momento, Gaza nunca mais será o que era”, continuou Gallant. “Quem vier decapitar, assassinar mulheres, sobreviventes do Holocausto, nós os eliminaremos com todas as nossas forças e sem compromisso”.
Gallant também referiu a possibilidade de vários meses de combates, dizendo que “voltaremos aqui, a Be’eri, dentro de alguns meses, e a situação será diferente. “Vamos repovoar o Kibutz até o último metro”.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu teria dito ao presidente dos EUA, Joe Biden, na segunda-feira, que Israel não tem escolha senão lançar uma operação terrestre contra o Hamas em Gaza.
LEIA TAMBÉM
- 10/10/2023 – Israelenses na América do Sul são convocados para guerra
- 10/10/2023 – Imprensa estrangeira vai ao local do massacre
- 10/10/2023 – Jovens brasileiros são encontrados mortos
“Temos que entrar. Não podemos negociar agora”, disse Netanyahu, segundo o site de notícias Axios. “Precisamos restaurar a dissuasão.” Segundo o relatório, que cita três fontes americanas e israelenses, Biden não tentou mudar a opinião de Netanyahu.
Falando pouco depois de Gallant, na terça-feira, o principal porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, disse que matar membros importantes do Hamas é uma prioridade máxima.
“Não vamos parar o esforço para eliminar altos funcionários do Hamas, esta é uma prioridade máxima”, disse Hagari em entrevista coletiva, depois que ataques israelenses mataram dois altos membros do Hamas na segunda-feira.
Ele disse que as tropas ainda procuram terroristas no sul de Israel, após a invasão inicial do Hamas na manhã de sábado.
Na terça-feira, disse ele, um terrorista foi eliminado perto de Sa’ad, quatro terroristas foram eliminados perto de Zikim, dois terroristas foram eliminados perto de Mefalsim e outros dois foram eliminados perto de Re’im.
“A diretriz para as forças é clara. Encontre terroristas e elimine-os”, disse Hagari. “Estamos fazendo uma forte defesa na fronteira. Hoje houve tentativas de infiltração, mas os terroristas foram eliminados antes de chegarem à cerca”.
Hagari também disse que os corpos de 103 terroristas foram encontrados apenas no Kibutz Be’eri, depois de terem morrido em confrontos com tropas. Mais de 100 israelenses foram mortos por terroristas no Kibutz.
O presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, também se pronunciou sobre a guerra de Israel com o Hamas nesta terça-feira. Ele confirmou a morte de 14 cidadãos dos EUA, mas disse que o número pode aumentar porque ainda há outros americanos que estão desaparecidos ou foram sequestrados pelo grupo terrorista e alertou outros países para não se envolverem no conflito.
“Nesse momento, precisamos ser muito claros: nós estamos ao lado de Israel e vamos fazer de tudo para que Israel possa se defender contra esse ataque”, disse Biden.
O presidente dos EUA também disse que enviará verbas para o governo israelense.
“Estamos aumentando a assistência militar, incluindo munições e interceptadores para reabastecer o Domo de Ferro”, disse ele. “Vamos garantir que Israel não fique sem estes recursos críticos para defender as suas cidades e os seus cidadãos”.
Mais cedo, o presidente conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu para falar sobre como deverá ser o apoio dos EUA na guerra entre Israel e o Hamas.
Biden não deu muitos detalhes sobre o telefonema. Ele afirmou que eles discutiram a coordenação para dar apoio a Israel com o propósito de impedir “atores hostis” e proteger pessoas inocentes.
O governo dos EUA também divulgou um comunicado em que afirma que apoia Israel e repudia o Hamas.
Fonte: Revista Bras.il a partir de @EnlaceJudío e G1
Fotos: Wikimedia Commons
