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Israel orienta embaixadores sobre resposta ao Irã e Hezbollah

O Ministério do Exterior distribuiu um documento aos seus embaixadores em todo o mundo orientando-os sobre a potencial resposta do Hezbollah e do Irã às recentes eliminações de líderes terroristas de alto escalão.

De acordo com o Canal 12, o texto foi formulado pelo Ministro do Exterior, Israel Katz e outras autoridades, e deixa claro que Israel não permitirá que um ataque iraniano ou do Hezbollah fique sem resposta.

O documento, que apresenta o Irã como a “cabeça da serpente” e “o principal instigador da instabilidade regional”, instrui diplomatas israelenses no exterior a enfatizar que “embora Israel sempre prefira soluções diplomáticas, ele permanece decidido a proteger seus cidadãos a qualquer custo, agindo como qualquer nação responsável, democrática e cumpridora da lei agiria em circunstâncias semelhantes”.

“O Irã é o principal instigador da instabilidade regional, financiando, treinando, armando e direcionando seus representantes, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina (PIJ) em Gaza, o Hezbollah no Líbano, as milícias xiitas no Iraque e na Síria, e os Houthis no Iêmen”, afirma o documento.

“Nos últimos dez meses, o Irã liderou ataques terroristas implacáveis ​​contra Israel e seus cidadãos, lançando centenas de mísseis e drones de seu território e ameaçando novos ataques sincronizados desses representantes”, acrescenta, observando que o “ataque sustentado do Hezbollah do Líbano contra Israel” já “envolveu mais de 6.500 foguetes, mais de 100 mísseis antitanque e centenas de veículos aéreos não tripulados, causando a morte de 44 pessoas e ferindo dezenas, incluindo muitos civis”.

Isso inclui as 12 crianças mortas por um ataque de foguete do Hezbollah na aldeia drusa de Majdal Shams, que “representou uma linha vermelha que Israel não podia ignorar”.

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Os diplomatas de Israel foram instruídos a enfatizar que “a resposta de Israel teve como alvo um objetivo militar legítimo, eliminando o comandante militar do Hezbollah, Fouad Shukr, o principal estrategista da organização, em 30 de julho. Esta operação foi realizada com precisão excepcional para minimizar as baixas civis”.

“Israel afirma seu direito de defender sua segurança e a proteção de seus cidadãos contra o terrorismo iraniano”, continua o documento, argumentando que a ação de Teerã também “ameaça a estabilidade global” por meio de seu programa nuclear, seu fornecimento de armas à Rússia para uso contra a Ucrânia e “ataques a embarcações marítimas no Mar Vermelho por meio de representantes Houthis”.

“A comunidade internacional deve condenar as ações do Irã e seus representantes e aplicar pressão efetiva para deter a escalada conduzida pelo Irã. O Irã e seus representantes devem ser responsabilizados por seus ataques e suas consequências”, reforça o documento aos embaixadores israelenses.

O Hezbollah e o Irã prometeram vingar as mortes do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh. Israel não assumiu nem negou publicamente a responsabilidade pela morte de Haniyeh.

O Irã ameaçou “punir” Israel pelo assassinato, alertando que sua resposta seria mais dura do que seu ataque de 13 e 14 de abril, quando disparou 300 drones e mísseis, quase todos interceptados, contra Israel em retaliação a um suposto ataque israelense na Síria que matou dois generais da Guarda Revolucionária Islâmica.

Apesar das ameaças do Irã e do Hezbollah, outro grande ataque ainda não foi lançado, com o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, insistindo que a incerteza quanto à data de sua resposta constitui “parte da punição” para Israel.

Netanyahu declarou, na semana passada, que Israel “está em um nível muito alto de prontidão para qualquer cenário, tanto defensivo quanto ofensivo” e prometeu “cobrar um preço muito alto por qualquer ato de agressão contra nós de qualquer frente”.

Autoridades da coalizão multinacional liderada pelos EUA, que supostamente está se preparando para ajudar a repelir o esperado ataque iraniano, alertaram preventivamente Israel para não responder com força excessiva a tal ataque, de acordo com a TV Kan.

Enquanto isso, os EUA têm se empenhado para acalmar o conflito. Autoridades da Casa Branca disseram ao Washington Post que os esforços diplomáticos para moderar a retaliação do Irã podem estar funcionando, depois que os EUA enviaram suas forças para a região e repassaram mensagens ao Irã alertando sobre sérias consequências para o novo governo do presidente Masoud Pezeshkian.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Shutterstock

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