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Israel, onde os fracos não têm vez

Por Roni Szuchman

Posso usar como exemplo a teoria de Darwin sobre a evolução das espécies ou somente a frase “Aqui não se cria!” para explicar como nos tornamos mais duros aqui em Israel. Nos meus quase dois anos e meio como olê chadash (novo imigrante) posso dizer de carteirinha que morar aqui não é bolinho. Quero deixar claro que em nenhum momento acho isso negativo ou que gostaria que fosse diferente. É um fato.

Aqui até as freiras são duronas. Não que eu tenha visto alguma até agora, mas acredite, se elas existem, elas são. Está na atitude de cada um aqui, no jeito de falar (gritar), de dirigir ou fazer negócios. Se percebe isso até na postura na rua (claro que com uma arma na cintura, já intimida).

Também tenho visto muitas comparações com Israel e Esparta. E não é a toa. Apesar de sermos mais antigos do que os Espartanos e eles não existirem mais, todos aqui fazem parte do exército e realmente morrem pela pátria. Em muitos outros países, quando os cidadãos dizem darem a vida pelo país, é figurativo. Aqui não. Muito triste ver as mães chorarem no túmulo de seus filhos, soldados mortos em combate. Diferente das mães de nossos inimigos que ficam felizes quando um de seus filhos morrem como “mártires”.

Muito se compara com o Sabra (nascido em Israel) e a fruta do mesmo nome, por ser espinhoso por fora e doce por dentro. Acho que é mais como um ovo. Que é duro por fora e mole por dentro. Mas o resto do mundo está nos cozinhando tanto aqui, como um país pária, que logo ficaremos também, como ovos cozidos, duros por dentro…

Dica útil: Se vier à Israel, cuidado com as freiras!

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