Israel envia relatório sobre condições dos reféns à ONU
Nesta semana, o Ministério da Saúde enviará um relatório especial às Nações Unidas, descrevendo as condições mentais e físicas dos sequestrados pelo terrorista do Hamas, que retornaram a Israel há cerca de um ano, enquanto 100 reféns ainda estão mantidos em cativeiro.
O relatório preparado pelo Ministério da Saúde é dividido em duas seções. A primeira seção detalha a negligência, abuso, tortura e humilhação sofridos pelos reféns que foram libertados ou resgatados do cativeiro em Gaza, bem como o impacto dessas experiências em suas condições físicas e mentais. Esta seção é baseada em entrevistas com equipes médicas que trataram os reféns após seu retorno a Israel.
A segunda seção do relatório discute modelos de reabilitação que foram considerados apropriados para os retornados, com base em dados coletados de enfermeiros de atenção primária, médicos e profissionais de saúde mental que têm fornecido cuidados contínuos, inclusive por meio de clínicas especializadas para retornados.
Uriel Busso, Ministro da Saúde disse que “o relatório que estamos enviando à ONU é um testemunho angustiante das experiências brutais sofridas pelos reféns no cativeiro do Hamas – violência cruel, abuso psicológico, tormento físico e atos que desafiam a compreensão. Essas são ações que não podem ser toleradas e exigem que o mundo acorde e tome uma atitude. O relatório destaca os horrores que os reféns suportaram e revela ao mundo a brutalidade do inimigo com o qual Israel está engajado. Os testemunhos apresentados neste relatório servem como um chamado para a comunidade internacional aplicar maior pressão sobre o Hamas e seus apoiadores para libertar todos os reféns sem demora. Peço à comunidade global que utilize todos os meios disponíveis para acabar com essa crueldade e trazer os reféns para casa imediatamente. É um imperativo moral e humanitário, e o tempo para agir está se esgotando”.
Moshe Bar Siman Tov, Diretor-Geral do Ministério da Saúde observou que “este relatório crítico ressalta a necessidade urgente de libertar todos os reféns o mais rápido possível. O sistema de saúde se mobilizou imediatamente no início da guerra para tratar os muitos feridos, tanto física quanto psicologicamente, e para cuidar daqueles que retornavam do cativeiro. Este relatório, sendo submetido à ONU e outras organizações internacionais esta semana, descreve as condições severas daqueles que retornaram do cativeiro do Hamas e enfatiza a urgência de sua libertação imediata”.
“Nós vemos isso como uma responsabilidade e um privilégio fornecer cuidados médicos e suporte ideais para aqueles que foram brutalmente sequestrados por militantes do Hamas. Estamos esperançosos pelo retorno de todos os reféns, os vivos para tratamento e reabilitação, e os falecidos para um enterro digno em Israel”.
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Segundo a Dra. Hagar Mizrahi, chefe da diretoria médica do Ministério da Saúde, “desde o início da guerra, equipes médicas têm trabalhado dia e noite para tratar e salvar os muitos feridos, tanto física quanto mentalmente. Desde o início, o sistema de saúde foi encarregado de cuidar daqueles que foram cruelmente sequestrados pelo Hamas. Fomos expostos aos horrores e às condições terríveis que os retornados suportaram, bem como ao profundo sofrimento daqueles que foram assassinados em cativeiro”.
“Não passa um dia sem que meus pensamentos estejam com as imensas dificuldades enfrentadas por aqueles que retornaram e aqueles que ainda estão presos. Os estados físicos e mentais severos dos retornados oferecem ao mundo um vislumbre das atrocidades generalizadas cometidas pelo Hamas. Com base nos testemunhos que recebemos, posso dizer com confiança que a condição física e mental de todos os reféns ainda mantidos em Gaza é terrível. Portanto, é imperativo que todos os esforços sejam feitos para agir e trazê-los de volta. Sem o retorno dos reféns, as famílias e comunidades não conseguirão se curar e retornar à sua rotina diária”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Minstério da Saúde
Foto: GPO