Israel deve ser o país mais povoado do ocidente até 2050
Israel está a caminho de se tornar o país ocidental mais povoado do mundo em menos de três décadas, disse o veterano ativista ambiental e atual deputado, Alon Tal, ao Comitê Especial sobre Vícios, Drogas e os Desafios Enfrentados aos Jovens Israelenses na Knesset.
O comitê tratou do impacto da perda de espaços abertos no bem-estar da geração mais jovem em 2050. Alon Tal, do partido Azul e Branco, apresentou as estatísticas de um relatório de pesquisa preparado pelo grupo ambiental Zafuf ou Zavit – Forum para a População, Meio Ambiente e Sociedade, que indicavam que até 2050, a população do país poderia crescer para mais de 17,5 milhões de habitantes.
Nos últimos anos, o crescimento contínuo da população de Israel tem sido repetidamente manchete nos noticiários nacionais e deixou os especialistas preocupados com o futuro do país. Com cerca de 9,5 milhões de habitantes, de acordo com o Bureau Central de Estatísticas, Israel é um dos países mais densamente povoados do mundo desenvolvido (relação entre a população e sua área).
Além disso, Israel tem uma taxa de crescimento populacional anual de 2% e uma taxa média de fecundidade de três filhos por mulher, o que posiciona o país muito acima da média da OCDE, e a tendência não mostra sinais de desaceleração.
“O Estado de Israel se tornará o país ocidental mais povoado, com mais de 800 habitantes por quilômetro quadrado”, disse Tal. “Conhecemos a realidade e sabemos que proteger os espaços abertos não é suficiente. Eu quero saber o que a Administração de Planejamento de Israel e o Ministério da Construção e Habitação estão fazendo para traduzir suas declarações em realidade. Os espaços abertos estão desaparecendo a uma taxa vertiginosa de 24 quilômetros quadrados por ano, e o ritmo aumentará junto com o crescimento da população”.
Tal alertou que Israel deve perder espaços abertos em uma escala oito vezes maior que a cidade de Tel Aviv até 2050. Ele convocou todas as agências profissionais para avançar um plano estratégico para a proteção de espaços abertos imediatamente.
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“Todos nós temos que entender que estamos em uma crise existencial”, disse o presidente do comitê Ram Shefa, do Avodá. “Somos jovens preocupados com o que estará aqui em 30 anos. A mídia de massa não entende a gravidade da situação. Em vez de aglomerar as cidades, as pessoas estão ocupando áreas verdes agrícolas. Nosso trabalho é causar uma mudança na conscientização e influenciar a legislação, para que o Ministério da Proteção Ambiental possa fazer as mudanças que precisa fazer”.
Oded Caspi, da organização “Salve as Colinas de Jerusalém”, contou ao comitê sobre a luta que está travando sobre a política de construção nas Colinas de Jerusalém.
“Quando ameaçamos nossos espaços abertos e os pisoteamos por meio de um planejamento falho, prejudicamos diretamente os jovens e as próximas gerações, que simplesmente não desfrutarão dessa paz de espírito a uma distância razoável de sua casa”, disse Caspi.
“Estou pedindo à Knesset que apoie nossa batalha até que as colinas de Jerusalém recebam proteção oficial do estado. Os moradores de Israel precisam da natureza, não menos do que qualquer construção e estrada planejadas. Estamos indo por um caminho muito ruim para um desastre ecológico e de saúde mental. Se não vencermos esta guerra, perderemos tudo.”
A Dra. Ana Trakhtenbrot, que dirige a Seção de Biodiversidade do Ministério de Proteção Ambiental, disse que a visão de seu ministério é que cada prefeitura tenha um levantamento que permita saber quais áreas naturais urbanas sob sua jurisdição deve cuidar e preservar.
Ayelet Assouline, da Administração de Planejamento de Israel, disse que seu escritório está promovendo planos destinados a preservar espaços abertos ao mesmo tempo em que aborda questões ambientais e ecológicas.
“Estou ciente de que há pressões de desenvolvimento muito grandes e um esforço está sendo feito para equilibrar o desenvolvimento e a preservação de espaços abertos”, disse ela.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Canva. Tel Aviv