A superenfermeira com inteligência artificial
Israel desenvolve uma superenfermeira que pode monitorar vários pacientes ao mesmo tempo 24 horas por dia, além de avaliar seu status e detectar problemas, mesmo antes que o próprio paciente os manifeste.
Desenvolvida no Centro Médico Sourasky, em Tel Aviv, essa nova tecnologia consiste em uma série de sensores e algoritmos que permitem o monitoramento detalhado e constante dos sinais e sintomas do paciente. No momento, a tecnologia está em estágio de teste e será revolucionária quando aprovada por cientistas e autoridades de saúde.
Os parâmetros detectados para pressão arterial, temperatura, respiração e palpitações são transmitidos para um centro de informática que os processa instantaneamente e alerta os médicos em caso de qualquer sinal de deterioração.
Entre as vantagens da superenfermeira destacam-se a onipresença: ela pode monitorar vários pacientes ao mesmo tempo e o tempo todo. E isso é especialmente importante devido à crescente escassez de pessoal especializado, em Israel e em todo o mundo, ou em casos de ataques maciços, como o atual vírus corona.
Mas é o poder de processamento da inteligência artificial que realmente gera a mudança de paradigma no monitoramento tradicional. Os fatores determinados pelos sensores aumentam os aspectos capturados pelas câmeras e são processados por algoritmos preditivos, juntamente com dados personalizados de cada paciente. Isso mostrará sinais de possível deterioração antes que os médicos possam detectá-los.
A equipe de desenvolvimento, liderada por Ahuva Weiss-Meilik, também aproveita os dados coletados pelo Hospital Central de Tel Aviv, que coletou informações computadorizadas de 1500 leitos por 10 anos, o que o torna um “Big Data Hospital” e levou à criação do departamento I-Medata e de um ecossistema inteiro dentro do hospital para manter os dados internamente e sob controle.
Outro aspecto interessante desse gerenciamento massivo e automatizado de dados médicos é que ele também pode servir para evitar condições inesperadas em pacientes que não estão conectados a sensores.
No momento, algumas startups foram integradas ao projeto. A AnyVision, especializada no reconhecimento de rostos, corpos e objetos por câmeras, e a BioBeat, desenvolvedora especializada em sensores. Espera-se que a integração de empreendimentos relacionados ao assunto aumente, o que aumentará exponencialmente as possibilidades de progresso no cenário mundial da medicina.
Foto: BusinessSaude