Israel continua a piorar no índice de corrupção
A Transparência Internacional, uma organização mundial de luta contra a corrupção, classificou Israel em 36º lugar entre 180 países em seu Índice de Percepção de Corrupção para 2021.
Israel recebeu uma pontuação de 59, a primeira vez que recebeu uma pontuação abaixo de 60 no índice em seu formato atual, colocando-o apenas nove pontos acima da pontuação da “linha vermelha” de 50, abaixo da qual um país é considerado corrupto (quanto maior a pontuação, menos corrupto é considerado o país).
Entre os países do Oriente Médio, os Emirados Árabes Unidos e o Catar estão acima de Israel. Os países com pior classificação são Sudão do Sul, Síria, Venezuela, Iêmen, Coreia do Norte e Afeganistão. A pontuação média no índice de 2021 é 43.
Os compiladores do Índice de Percepção da Corrupção examinam a percepção dos países por meio de institutos de pesquisa profissional. O índice serve como uma ferramenta para as empresas examinarem a possibilidade de fazer negócios nos países abrangidos.
A juíza emérita Nili Arad, presidente da Transparência Internacional Israel, afirma que a posição de Israel na classificação “é especialmente grave neste período de combate à pandemia de coronavírus, em que se exige maior transparência e maior proteção”. Arad acrescenta que “a baixa posição de Israel no índice é um sinal de alarme contra as manifestações de corrupção e a deterioração dos sintomas de um país corrupto”.
Nos últimos cinco anos, Israel caiu de uma pontuação de 64 para 59 no Índice de Percepção de Corrupção. Em 2020, Israel recebeu uma pontuação de 60 e ficou em 35º. Israel ocupa o 29º e último lugar entre os países da OCDE, quatro posições abaixo de 2020. Outros países no quartil mais baixo da OCDE são Polônia, Itália, Turquia, Grécia e Hungria.
LEIA TAMBÉM
- 08/02/2021 – Pré-julgamento de Netanyahu acontece hoje
- 16/10/2020 – Israel é um dos melhores no combate à corrupção
- 31/07/2019 – ONU: Corrupção na Agência de Assistência Humanitária
Nenhum país recebeu uma pontuação perfeita de 100. Liderando o ranking estão Dinamarca, Nova Zelândia e Finlândia, com 88 pontos, seguidos por Cingapura, Suécia e Noruega, com 85. Pelo segundo ano consecutivo, os EUA tiveram pontuação de 67. A França e o Reino Unido melhoraram sua pontuação: a França recebeu 71 pontos em comparação com 69 em 2020, enquanto o Reino Unido recebeu 78 em comparação com 77, em 2020.
Os países que mais melhoraram são a Armênia e o Uzbequistão. Ambos receberam pontuações baixas, mas desde 2017 a Armênia ganhou 14 pontos e o Uzbequistão 11. Nicarágua, Filipinas e Azerbaijão, por outro lado, pioraram. Nos últimos anos, segundo os compiladores do índice, os governos desses países prejudicaram os direitos humanos, a liberdade de expressão, a capacidade de criticar o regime e a liberdade de associação, e houve assassinatos de ativistas políticos e de direitos humanos.
O índice é baseado no trabalho de doze institutos de pesquisa independentes com experiência em governo, sociedade civil, economia e administração de empresas. Cada país é examinado por 6 ou 7 institutos de pesquisa, que realizam estudos e pesquisas aprofundados. Os institutos examinam, entre outras coisas, a capacidade do governo de lidar com a corrupção, até que ponto os fenômenos de corrupção são realmente erradicados pelo regime, a eficácia das agências de aplicação da lei, inclusive na perseguição de figuras públicas que se desviaram, o tratamento que figuras públicas dão ao erário público, a proteção dos denunciantes, o grau de transparência do país, a liberdade de imprensa e o respeito aos direitos humanos.
O Brasil ficou classificado em 96º lugar com 38 pontos, a mesma pontuação de 2020.
Fonte: Globes
Foto: Canva