Israel comemora o 74º ano de independência
Por David S. Moran
O Estado de Israel é provavelmente o único país do mundo que passa de tragédias a uma grande festa num passe de mágica. O do dia da recordação aos homens e mulheres das forças armadas, que caíram servindo o país, para o dia sua independência da era moderna.
Na semana passada, o país inteiro se enlutou relembrando a inconcebível tragédia do Holocausto, perpetrada por um país considerado avançado, a Alemanha nazista, contra o povo judeu. Sua luta ocasionou a 2ª Guerra Mundial, na qual morreram dezenas de milhões, entre eles seis milhões de judeus, povo que o nazismo queria aniquilar. Não conseguiu.
Hoje, Israel inteiro se envolve numa outra grande tristeza, relembrando os seus soldados caídos nas guerras que o país travou e que lhe foram impostas pelos árabes. Desde o inicio do Sionismo moderno (em 1860), 24.068 soldados, oficiais e civis caíram para obtermos o Lar Nacional Judaico. Na terça-feira (3) as sirenes ecoaram em todo o país às 20h, dando inicio a Yom Hazikaron aos caídos nas guerras e nas ações terroristas. Nesta quarta-feira (4) às 11s, o toque das sirenes foi de dois minutos. Houve cerimonias em 52 cemitérios militares, na presença de autoridades, familiares e amigos dos caídos, para que nós tenhamos um país livre, democrático e independente, com liberdades a todos os credos para a prosperidade de todos.
às 20h há uma troca singular, a tristeza abre espaço para o Yom Ha’atzmaut, Dia da Independência, que explode em alegria geral. Há festas organizadas em todas as comunidades e cidades e há os que a fazem em suas casas, com a participação de amigos e ou colegas que serviram junto nas Forças Armadas.
Após 74 anos da nova era da Independência, o Estado de Israel – o Lar Nacional Judaico – é um próspero país e apesar de todos os problemas que enfrenta é um país inovador para o mundo e que continua absorvendo imigrantes do mundo todo. Segundo o Bureau Central de Estatística, a população de Israel é de 9.506.000, dos quais 7.021.000 são judeus (73.9%), 2.007.000 árabes (21.1%) e 5% outros.
Em 1948, quando foi declarada a Independência de Israel, o país tinha 806 mil habitantes, dos quais 82,1% eram judeus e 17,9% árabes. A previsão do crescimento é que em 2025, viverão em Israel, 10 milhões de pessoas e no centenário (2048) serão 15 milhões.
O israelense é orgulhoso de ser israelense (86%), 66% tem orgulho de Tsahal (Exército Israelense), 47% da alta tecnologia, 39% da ajuda mútua como foi provada nos anos da pandemia. 24% tem orgulho da indústria e da agricultura israelense. 78% acham que é bom viver em Israel.
O israelense está perturbando com a ruptura social (41%) e o custo de vida (25%). As ameaças do Irã e o acordo com os palestinos, só preocupam 12%.
As invenções e as conquistas de Israel estão em todos os segmentos da vida. Só para citar algumas:
Alta tecnologia. Desde o ICQ, sistema de transmissão imediata, que revolucionou o mundo das comunicações; Disk on Key (pen drive), minúsculo chip de memória que armazena muitas informações; Índigo foi a primeira impressora que copiaria informações diretamente do computador; Kinect- vendido a Microsoft e depois a Apple, serve para os XBOX, identificando movimentações e permite jogar, mesmo sozinho; Waze, lançado em 2006, ajuda os motoristas a chegar ao seu destino, pelo melhor caminho; Mobileye, desenvolvido em 1999 pelo Prof. Amnon Shashua, da Universidade Hebraica de Jerusalém, adverte os motoristas de perigo iminente e como evitá-lo. Israel é dos líderes centros mundiais da alta tecnologia.
Na medicina. cápsula da Copaxone (e suas derivantes) no tratamento da múltipla esclerose, inventada por professores no Instituto Weizmann e distribuída pela TEVA; A PillCam, produzida pela Given Imaging, trata-se de uma câmara minúscula que o paciente ingere e fotografa o intestino por dentro e muitos outros.
Na agricultura. Netafim do Kibutz Hatzerim, produz o sistema de irrigação por gotejamento, o mais eficiente na economia de água, serve também para fertilizar plantas; tomate cherry, saboroso, pequeno e de rápido crescimento e permanece fresco por mais tempo; companhias para dessalinização de água do mar, tornando-a potável; também o sistema de aquecimento de água, com receptadores dos raios de sol; a Sodastream, a maior fabricante de água gaseificada e com sabores, que vende em mais de 48 países, foi comprada pela PepsiCo e 2.500 dos 4.000 funcionários, trabalham em Israel; as vacas israelenses produzem mais leite diário no mundo, produzindo 11.650 litros/ano comparado a média europeia de 8.000litros/ano; também a produção de algodão israelense é recordista mundial, com 245 kg/acre, comparando a média mundial de 70 kg/acre.
Na área militar. Por necessidade para sua segurança, Israel tornou-se um grande inventor e produtor de material bélico. Isto inclui o Mercava, considerado o tanque mais avançado do mundo, veículos não-tripulados de vários tipos, misseis de todas as espécies e uma das últimas invenções: interceptação de projeteis lançados pelo inimigo, com sistema laser, chamado “Defensor de luz”. É eficiente e seu custo é minúsculo comparado a outros sistemas de interceptação. A Rafael desenvolveu interceptor Terra-terra e a Elbit, Terra-ar. Completam e sincronizam com o Domo de Ferro e Hetz (Flecha). Sua Força Aérea é considerada das melhores do mundo. Por outro lado, seu Comando Submarino está entre os 10 melhores do mundo.
Nas ciências. Israel já teve dois astronautas. O Coronel Ilan Ramon Z’L e o Coronel (Res.) Eytan Stibbe, lançado com outros três astronautas, em abril 2022, para fazer mais de 40 experiências cientificas na Estação Espacial Internacional, durante 17 dias. Israel é dos únicos oito países do mundo com capacidade de construir e lançar satélites próprios e dos quatro únicos países que têm satélites de espionagem no espaço (junto com os EUA, Rússia e China). Israel é recordista mundial em registro de patentes. Também está em primeiro lugar no plantio de árvores, até mesmo em áreas desérticas. A expectativa de vida do israelense é de 80,6 anos (homens) e 84,3 (mulheres).
Liberdade religiosa. Em Israel encontram-se várias localidades religiosas, dos judeus, cristãos, muçulmanos, drusos, bahai e outros. Todos têm plena liberdade religiosa. Embora a mídia divulgue os conflitos de muçulmanos com a polícia israelense, em Jerusalém, trata-se de poucos baderneiros incitados pelo Hamas para fazer provocações. Tanto é que no último dia do Ramadã (Id el Fiter), neste domingo (1), cerca de 200.000 muçulmanos rezaram na Mesquita de Al-Aksa e adjacências, em Jerusalém. Na Sexta-Feira Santa (15.4) os cristãos rezaram no Santo Sepulcro, em Jerusalém e como rezam em todo lugar no ano todo. Mas, os islamistas tentam impedir os judeus de rezar no lugar mais sagrado da sua religião, na Esplanada do Templo e no Muro das Lamentações, em Jerusalém.
A PAZ. Esta tarefa depende da conjuntura e interesses com outros países. Israel encontra-se atualmente, na melhor situação com o mundo árabe e islâmico. Tem acordos de paz com o Egito e a Jordânia. Relações diplomáticas que vão desde o Marrocos, Turquia, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã e outros.
Israel sempre almejou a paz, mas os extremistas muçulmanos ameaçam qualquer ação dos palestinos e outros estados árabes em fazê-lo. Já há décadas, a então Primeira Ministra de Israel, Golda Meir disse: “Não sou capaz de perdoar os árabes, que nos obrigam a matar seus filhos. Teremos a paz com eles, só quando eles amarem seus filhos mais do que nos odeiam”.
O Estado de Israel comemora 74 anos de Independência, florescerá e progredirá eternamente. Quando os inimigos do país o entenderem e aceitarem, progredirão com ele.
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