Israel começa a primeira fase de saída do lockdown
Após um mês de bloqueio, acabaram, ontem à meia-noite, algumas restrições impostas à população, e começou a primeira fase de saída do lockdown. No entanto, muitas restrições ainda estão em discussão no Gabinete Corona.
Depois de um fim de semana em que centenas de professores e assistentes de jardim de infância realizaram o teste corona para ver se eles poderiam voltar ao trabalho, esta manhã foram abertas as creches e os jardins de infância para crianças de 0 a 6 anos, inclusive nas cidades vermelhas.
O limite de 1.000 metros para afastamento de casa foi suspenso e foi permitido encontrar amigos e familiares. No entanto, o coordenador da Corona, Roni Gamzu, pediu para se evitar realizar esses encontros, apesar da autorização.
As praias também foram reabertas. Os restaurantes podem fornecer serviços para viagem e as empresas do setor privado podem retornar à atividade, com exceção daquelas que recebem um público.
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No entanto há aqueles que decidiram deixar de obedecer às restrições ainda em vigor. O Rabino Kanievsky anunciou, na noite deste sábado, que as yeshivot deveriam ser abertas. Isso significa que a maioria absoluta do público ultraortodoxo abrirá escolas de ensino fundamental e médio, em total contraste com as diretrizes. A polícia ainda não decidiu sobre sua política e como vai agir em face da flagrante violação.
As opções são se contentar com multas para diretores das yeshivot, ou entrar e dispersar os alunos, mas a avaliação nesta fase é de que tal passo extremo não acontecerá tão rapidamente. A terceira possibilidade é que nenhuma ação seja tomada e a polícia espere por novas tentativas de persuadir o Rabino Kanievsky e outros rabinos a mudar a decisão. O rabino Kanievsky, de 92 anos, é uma das principais autoridades da comunidade ultraortodoxa.
As autoridades alertaram que, se as infecções aumentarem, as restrições podem ser reimpostas.
O ex-diretor-geral do Ministério da Saúde, Gabi Barabash, criticou a decisão de começar a sair do bloqueio esta semana. “Eles não deveriam ter definido o limite para sair do bloqueio em 2.000 casos por dia. Eles deveriam ter colocado muito mais baixo em dezenas ou entre 100 e 200 porque é muito mais fácil de controlar”, disse Barabash. Segundo ele, reabrir o sistema de ensino nas condições atuais é “muito perigoso”. Teria sido melhor “esperar mais uma semana” antes de começar a reabrir.
Foto: Piklist
Claro que as infecções vão aumentar! Enquanto o vírus não sofrer uma mutação que o torne mais fraco, ou enquanto não sair a vacina, não podemos nos dar ao luxo de voltar a viver como antes, com mais liberdade. Daqui pra frente, teremos que levar uma vida mais reclusa, para o bem de todos.
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