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Israel cai 23 posições no índice de igualdade de gênero

Israel ficou em 83º lugar entre 146 países em um ranking anual de igualdade de gênero divulgado no início deste mês, caindo 23 posições em relação a 2022.

As conclusões foram divulgadas pelo Fórum Econômico Mundial, cujo Relatório Global de Diferenças de Gênero compara as lacunas baseadas em gênero na participação e oportunidades econômicas, realização educacional, saúde e sobrevivência e empoderamento político.

A pontuação de Israel foi de 0,701, o que significa que superou 70,1% de sua diferença de gênero nos quatro campos medidos mas ainda tem uma diferença de gênero de 29,9% em média. O país caiu de uma pontuação de 0,727 no ano passado e teve sua pior pontuação em uma década.

Também caiu do primeiro lugar de igualdade na região do Oriente Médio e Norte da África, ficando em segundo lugar, atrás dos Emirados Árabes Unidos.

Israel caiu de 52º em 2022 para 82º este ano no ranking de mulheres no parlamento. No ranking de mulheres em cargos ministeriais, caiu da 63ª para a 109ª colocação.

Em participação econômica e oportunidade, Israel caiu do 69º lugar no ano passado para o 75º lugar este ano, com 68,8% da diferença da gênero eliminada.

Em saúde e sobrevivência, melhorou ligeiramente do 111º para o 109º lugar. Mas no empoderamento político, caiu do 61º lugar para o 96º lugar.

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O relatório foi divulgado seis meses depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estabeleceu o 37º governo de Israel, que foi criticado por, entre outras coisas, sua falta de representação feminina.

Apenas seis dos 32 membros do gabinete são mulheres: a Ministra dos Transportes Miri Regev, Ministra da Proteção Ambiental Idit Silman, Ministra da Diplomacia Pública Galit Distel Atbaryan, Ministra da Inteligência Gila Gamliel, Ministra das Missões Nacionais Orit Strock e a Ministra para o Avanço do Estatuto da Mulher May Golan.

Apenas duas diretoras-gerais dos vários ministérios são mulheres.

Os dois partidos ultraortodoxos da coalizão, Shas e Judaísmo Unido da Torá, não têm mulheres em suas chapas eleitorais, enquanto o religioso de direita Otzma Yehudit tem apenas uma. Entre os 64 deputados da coalizão, quando foi empossada, apenas nove eram mulheres.

O último governo tinha nove mulheres em um gabinete de 27. Havia também nove diretoras-gerais do ministério que eram mulheres na coalizão do governo anterior, um recorde histórico.

Em fevereiro, um grupo de três ONGs de direitos das mulheres apresentou uma petição ao Supremo Tribunal pedindo que ele determinasse que as diretorias-gerais de ministérios ainda vagas fossem preenchidas por mulheres. À época, de um total de 31 vagas, o governo havia nomeado 23 diretores-gerais para seus ministérios, todos homens.

No Relatório Global de Diferença de Gênero de 2023, a Islândia foi classificada como o país com maior igualdade de gênero do mundo pelo 14º ano consecutivo, depois de ter eliminado 90% de sua disparidade de gênero.

A Islândia foi seguida pela Noruega, Finlândia, Nova Zelândia, Suécia, Alemanha, Nicarágua, Namíbia, Lituânia e Bélgica.

Os países com menos igualdade de gênero foram Afeganistão, Chade, Argélia e Paquistão, com o Irã em último lugar.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Canva

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