Ir para o conteúdo
IsraelNotícias

Israel aguarda resposta à última proposta de acordo

Israel está aguardando uma resposta a sua mais recente proposta de acordo de cessar-fogo e libertação de reféns. Uma delegação do Hamas chegou ao Cairo no fim de semana, e os EUA estão tentando pressionar as partes a seguirem em frente, de acordo com relatos da mídia israelense.

O jornal Haaretz, citando fontes palestinas envolvidas nas negociações, informou que o Egito e o Catar estão trabalhando com os EUA em uma possível extensão do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns alcançado em janeiro, que também incluiria negociações para encerrar a guerra de 18 meses.

A reportagem também afirma que o Egito apresentou uma proposta segundo a qual o Hamas se desmilitarizaria sob a supervisão do Cairo como parte de um acordo de cessar-fogo permanente.

O jornal afirma que o Hamas está reduzindo as expectativas de resultados na atual rodada de negociações, mas acredita que há uma oportunidade de chegar a um acordo de cessar-fogo antes de meados de maio, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, deve visitar a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Catar.

Enquanto isso, o site de notícias Ynet, no domingo, disse que Israel está esperando uma resposta do grupo terrorista a uma proposta para libertar nove ou 10 reféns vivos, incluindo o americano-israelense Edan Alexander, que apareceu em um vídeo de propaganda do Hamas divulgado no sábado, um pouco abaixo das exigências anteriores de que 11 reféns fossem libertados em qualquer próxima etapa.

A reportagem do Ynet afirma, sem citar fontes, que os EUA prometeram ao Hamas que, se este concordasse em libertar mais de oito reféns, garantiria à organização terrorista que Israel entraria em negociações com o objetivo de pôr fim à guerra em andamento.

LEIA TAMBÉM

Um funcionário do Hamas disse à AFP, na sexta-feira, que esperava que sua delegação no Cairo, liderada pelo negociador-chefe do grupo, Khalil al-Hayya, levasse a um “progresso real para chegar a um acordo para encerrar a guerra, interromper a agressão e garantir a retirada total das forças de ocupação de Gaza”.

Em uma declaração no domingo à noite, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que, em uma conversa com a família do refém Eitan Mor, ele enfatizou que os esforços para libertar os mantidos em cativeiro pelo Hamas continuam “neste exato momento”.

A mídia israelense relatou, na sexta-feira, que duas autoridades familiarizadas com as negociações disseram que Israel havia recuado um pouco em relação à exigência anterior de libertação de 11 reféns vivos para reativar o acordo de cessar-fogo e concordaria com a libertação de oito.

Após se reunir com Trump, na semana passada em Washington, Netanyahu concordou em suavizar suas exigências, disseram as duas autoridades.

No mês passado, Israel exigiu a libertação de 11 reféns vivos em troca do restabelecimento do cessar-fogo. O Hamas, por sua vez, declarou-se disposto a libertar cinco reféns vivos. Por várias semanas, ambos os lados tem se recusado a chegar a novos acordos, e as negociações permaneceram em um impasse enquanto Israel expande sua campanha militar por toda a Faixa de Gaza, retomada em 18 de março.

Na quinta-feira, Israel apresentou aos mediadores egípcios sua resposta à mais recente proposta do Cairo, informaram as autoridades, revelando que o número de reféns que Jerusalém agora busca é ligeiramente inferior aos 11 exigidos no mês passado, sem maiores especificações. No entanto, Israel exige que os reféns vivos sejam libertados durante as duas primeiras semanas do cessar-fogo de 45 dias, rejeitando as exigências anteriores do Hamas de que as libertações ocorressem periodicamente durante a trégua.

Além disso, a proposta israelense busca reduzir o número de prisioneiros, incluindo aqueles que cumprem penas de prisão perpétua, que serão libertados para cada refém, disse uma das autoridades. Na resposta mais recente, Israel propõe a libertação de 16 corpos de israelenses ainda detidos em Gaza, oferecendo, em troca, a libertação dos corpos de moradores de Gaza detidos por Israel.

Israel também concordaria em permitir a retomada das entregas de ajuda humanitária a Gaza e retirar suas tropas para onde estavam posicionadas na Faixa antes de retomar os combates em 18 de março e recapturar áreas do enclave.

Israel concordou em manter negociações sobre os termos de um cessar-fogo permanente assim que a trégua fosse restaurada, disseram as duas autoridades.

Embora Israel tenha assinado o plano gradual que entrou em vigor em janeiro, Netanyahu insiste que não concorda com um cessar-fogo permanente nem com uma retirada total das forças israelenses até que as capacidades militares e de governo do Hamas sejam totalmente desmanteladas.

Consequentemente, ele se recusou a sequer iniciar negociações sobre os termos exatos da segunda fase, que, segundo o acordo, deveria ter começado em 3 de fevereiro. Em vez disso, tentou estender a primeira fase do acordo por meio de propostas que permitiriam a libertação de mais reféns, mas ainda permitiriam que Israel retomasse os combates contra o Hamas.

Membros da coalizão do primeiro-ministro ameaçaram derrubar seu governo se ele concordar em acabar com a guerra. No entanto, várias pesquisas indicaram que o governo está fora de sintonia com a maioria dos israelenses, que apoiam o fim da guerra iniciada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 em troca da libertação de todos os 59 reféns restantes (24 doas quais, acredita-se que ainda estejam vivos).

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Revista Bras.il

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *