Israel afirma que Jihad Islâmica causou explosão em hospital

Centenas de pessoas teriam sido mortas em uma explosão em um hospital na Cidade de Gaza.

Um porta-voz do Exército israelense garantiu que “várias fontes de inteligência indicam que a Jihad Islâmica é responsável pelo lançamento fracassado do foguete que atingiu o hospital”.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, afirmou que pelo menos 500 pessoas foram mortas na noite de terça-feira, no que disse ter sido um ataque aéreo israelense ao hospital al-Ahli al-Arabi, também conhecido como hospital batista. Um porta-voz da defesa civil de Gaza estimou o número de mortos em cerca de 300.

Os militares israelenses disseram que uma investigação inicial sugeriu que a explosão foi causada por um lançamento fracassado de foguete do Hamas, antes de dizer que foi o resultado de uma barragem de foguetes da Jihad Islâmica Palestina. A Jihad Islâmica negou a alegação israelense e a escala da explosão parecia estar fora das capacidades dos grupos terroristas.

A violência eclodiu entre manifestantes e forças de segurança palestinas em várias cidades da Samaria e Judeia. No centro de Ramallah, gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral foram disparadas para dispersar manifestantes que atiravam pedras e gritavam contra o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

A Reuters relatou que autoridades palestinas disseram ter sido um “massacre a sangue frio” cometido por Israel.

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O secretário do Exterior da Grã-Bretanha, James Cleverly, disse que o Reino Unido trabalhará com aliados para “descobrir o que aconteceu” no hospital Al-Ahli Arabi, em Gaza e reiterou que a “proteção da vida civil deve vir em primeiro lugar”.

O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto e bandeiras hasteadas a meio mastro pelos mártires do massacre do hospital batista e por todos os mártires do nosso povo”, segundo a agência oficial de notícias palestina Wafa, depois de descrever a explosão em Gaza como um “massacre hospitalar”.

O Ministério do Exterior do Egito condenou veementemente o incidente, observando que o Cairo considera este “bombardeio deliberado de civis uma grave violação do direito internacional humanitário e dos valores mais básicos da humanidade”.

“O Egito apelou a Israel para acabar imediatamente com as suas políticas de punição coletiva contra a população da Faixa de Gaza”, acrescentou o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.

Centenas de pessoas participaram de protestos que eclodiram em Beirute e Amã, onde uma multidão furiosa se reuniu em frente à Embaixada de Israel.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Guardian e Iton Gadol
Foto: FDI