Israel: mais um passo no combate ao vírus da Zika
Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv detectaram um gene que poderia proteger as células contra o ataque do ZIKV, a infecção viral mais conhecida como Zika.
A equipe de pesquisa liderada pela Dra. Ella H. Sklan, da Universidade de Tel Aviv, juntamente com a Dra. Nabila Jabrane-Ferrat, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, conseguiu desenvolver o processo de infecção pelo vírus no laboratório e localizou uma série de células sobreviventes.
O genoma dos sobreviventes foi decifrado e foi verificado que continha um excesso de um gene que os protegia do vírus. O gene identificado demonstrou não apenas uma alta capacidade de proteger a célula contra o ataque do vírus, mas também para evitar sua morte.
Embora o método para replicar a atividade seja desconhecido neste momento, esta descoberta estabelece as bases para uma nova rota de ação para lidar com a terrível doença que já atacou 60 milhões de pessoas, desde a sua descoberta na floresta da Zika em Uganda em 1950. Coincidentemente, o vírus Zika foi isolado pela primeira vez perto da cidade de Entebbe, famosa na história contemporânea do Estado de Israel.
Desde 2014, o vírus se espalhou por toda a Ásia e depois por todo o mundo, sendo transmitido igualmente em países subdesenvolvidos e desenvolvidos, através da picada de um mosquito.
Os sintomas da infecção podem ser confundidos com uma dengue leve, cuja cura é o repouso. No entanto, se a infecção ocorre em mulheres durante os primeiros três meses de gravidez, pode causar o nascimento do bebê afetado por microcefalia e que pode levar à morte dentro de 10 dias.
Embora existam vacinas para vírus da mesma família (como a que produz febre amarela e alguns tipos de encefalite), atualmente não há vacina contra o vírus ZIKV, por isso a descoberta israelense representa um avanço revolucionário na batalha contra esse terrível vírus.