Islândia pode não participar do próximo Eurovision
O Centro Simon Wiesenthal e Advogados do Reino Unido para Israel (UKLFI) pediram que os organizadores do Eurovision desqualifiquem a entrada da Islândia para o próximo edição do evento.
“Cantores islandeses do Hatari (ódio) não mantiveram o compromisso. Eles devem ser desqualificados do concurso de 2020”, disseram em um comunicado.
Em 17 de abril, o Centro Wiesenthal uniu-se à UKLFI, e enviaram um comunicado ao supervisor executivo do Eurovision Song Contest (ESC), Jon Ola Sand, para exigir a despolitização do concurso que terminou dia 19 de maio em Tel Aviv. Este pedido aplicava-se especificamente à banda Hatari da Islândia, que proclamou os seus preconceitos e ameaças antiisraelenses “em violação ao espírito e às regras da Eurovisão”.
O Diretor de Relações Internacionais do Centro, Dr. Shimon Samuels, observou que a European Broadcasting Union (União Europeia de Radiodifusão) – EBU havia respondido que a emissora da Islândia manteria seus compromissos sob a Regra 2.6 do Eurovision Song Contest: “Nenhuma letra, discursos, ou gestos de natureza política, comercial ou semelhante serão permitidos durante o evento.”
“Este compromisso foi ofensivamente violado pela banda Hatari (que significa ‘ódio’), que fez jus ao seu nome ao incitar ao ódio anti-Israel ao desdobrar bandeiras palestinas durante a votação para o vencedor do evento”, disse o Centro. Samuels acrescentou que “a responsabilidade deve ser endereçada à emissora islandesa, que deve ser desqualificada pela EBU do Concurso Eurovision 2020 em Amsterdam. Nós estaremos monitorando a situação no contexto da campanha contra o BDS, o boicote antissemita, o desinvestimento e as sanções (BDS) contra Israel”.
Em um comunicado, a European Broadcasting Union (EBU) disse: “Na transmissão ao vivo da Grande Final do Festival Eurovision da Canção, o grupo islandês Hatari exibiu pequenos banners palestinos enquanto estavam sentados na Sala Verde. O Eurovision Song Contest é um evento não político e isso contradiz diretamente com as regras do concurso. Os banners foram rapidamente removidos e as consequências dessa ação serão discutidas pelo Grupo de Referência (o conselho executivo do concurso).”