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Irã ameaça “guerra destruidora” contra Israel

A missão do Irã na ONU, liderada pelo embaixador Amir Saeid Iravani disse, ontem, que se Israel embarcar numa “agressão militar em grande escala” no Líbano contra o Hezbollah, “seguirá uma guerra destruidora”.

A declaração do Irã ocorreu após a visita do Ministro da Defesa israelense Yoav Gallant a Washington, onde ele enfatizou a preferência de Israel por uma solução diplomática para proteger a fronteira norte.

Apesar da pressão por uma solução diplomática, autoridades dos EUA alertaram que um conflito total com o Hezbollah pode estourar “em pouco tempo”.

O alerta iraniano veio depois que as FDI atacaram várias posições do Hezbollah, em resposta ao último ataque do grupo terrorista apoiado pelo Irã no norte de Israel, horas antes, no desenrolar de um escalada de tensões na fronteira libanesa.

A missão iraniana da ONU postou no X que que se Israel lançasse uma guerra contra o Hezbollah, “todas as opções, incluindo o envolvimento total de todas as frentes de resistência, estariam sobre a mesa”.

O “Eixo da Resistência” do Irã, que inclui o Hezbollah, o Hamas, os Houthis do Iêmen e outros grupos na Síria e no Iraque, tem Israel como alvo desde 7 de outubro.

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O próprio Irã também lançou um ataque sem precedentes com mísseis e drones contra Israel em 14 de abril, duas semanas depois de um alegado ataque aéreo israelense perto da embaixada de Teerã em Damasco ter matado vários oficiais superiores do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica.

O ataque iraniano foi quase totalmente repelido por Israel, pelos EUA e por outros aliados.

Pouco depois do massacre do Hamas, em 7 de outubro, Israel evacuou grande parte dos moradores do Norte, temendo que o Hezbollah, representante do Irã no Líbano, realizasse um ataque semelhante.

Cerca de 60 mil residentes do Norte de Israel continuam deslocados, enquanto o país procura remover o grupo terrorista da sua fronteira Norte.

Os esforços diplomáticos liderados pelos EUA não conseguiram até agora fazer com que o grupo terrorista recuasse para além do rio Litani, cerca de 30 km a norte da fronteira com Israel, em cumprimento à Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que pôs fim à guerra com Israel em 2006.

Em um discurso no dia 19 de junho, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que “nenhum lugar” em Israel seria poupado das armas do grupo no caso de uma guerra total, acrescentando que o Hezbollah lutaria “sem regras” e “sem limites”.

Segundo relatos, a inteligência dos EUA alertou que um conflito em grande escala entre Israel e o Hezbollah poderá eclodir nas próximas semanas se os esforços diplomáticos não conseguirem diminuir as tensões. Ambos os lados continuam a preparar-se para potenciais hostilidades, com preocupações crescentes sobre a possibilidade de uma nova onda de violência.

Líderes do sistema de de segurança israelense também disseram que prefeririam uma resolução diplomática para o conflito, mas estavam preparando os militares caso a guerra se tornasse necessária.

Falando às tropas numa bateria de defesa aérea Iron Dome no norte de Israel na sexta-feira, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, disse que o país “não estava à procura de guerra”.

“Estamos preparando a força militar… e isso pode acontecer rapidamente. Por outro lado, a alternativa política está sendo preparada, é sempre melhor”, disse Gallant.

Em resposta ao crescente risco, vários países europeus aconselharam os seus cidadãos a evacuarem o Líbano, destacando as preocupações internacionais sobre a deterioração da situação de segurança na região. O Canadá e os EUA também estão fazendo planos para evacuar milhares dos seus cidadãos do Líbano.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel e i24NEWS
Foto (ilustrativa): UN Web TV (captura de tela). 2022

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