Indignados, israelenses cancelam Netflix

Mlhares de israelenses, indignados, cancelaram suas assinaturas da Netflix, esta semana, depois que o serviço de streaming colocou em sua grade de um filme anti-israelense que retrata soldados israelenses como assassinos impiedosos.

“Farha”, uma estreia da diretora jordaniana Darin Sallam, centra-se na chamada Nakba (catástrofe), o período da guerra de independência de Israel durante o qual os palestinos denunciam as atrocidades sionistas.

O filme inclui uma cena chocante de 15 minutos durante a qual soldados israelenses massacram uma família de refugiados palestinos, incluindo um bebê.

O filme estreou no Festival de Cinema de Toronto, foi aclamado pela crítica e até foi escolhido para representar a Jordânia na categoria de Melhor Filme Estrangeiro do próximo Oscar.

Fahra foi descrito por autoridades israelenses como “criando uma narrativa falsa”.

“O filme de incitação jordaniano que será transmitido pela Netflix prova quanta hipocrisia existe no mundo em relação a Israel, que foi atacado com terrorismo assassino antes mesmo de seu estabelecimento”, disse o líder do Otzma Yehudit, Itamar Ben-Gvir. “O Mniistério do Exterior deveria lidar com essa lavagem cerebral com determinação, informando e apresentando o retrato real de quem são os verdadeiros assassinos sanguinários. Não podemos ficar calados diante desse libelo de sangue que iria reverberar pelo mundo”.

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Um assinante da Netflix disse: “Depois de mais de dois anos de assinatura, decidi cancelá-la devido ao apoio da Netflix ao filme anti-israelense”.

“A Netflix apoia uma cena tão chocante e irreal que não está de acordo com a moralidade israelense e judaica. Não posso me inscrever em um site que endosse uma cena tão chocante na qual soldados israelenses são retratados como vis, como assassinos sem coração e sem nenhuma humanidade”, disse outro. “Espero que um abandono maciço dos israelenses faça a Netflix perceber que cometeu um erro ao comprar o filme e mudar sua decisão sobre isso. Sempre há espaço para críticas, mas uma crítica objetiva baseada em casos reais”.

Outros acusaram o site de “ser controlado por inimigos de Israel” e pelo movimento anti-Israel de Boicote, Desinvestimento e Sanções, em particular.

Na noite de quarta-feira, dezenas de israelenses chegaram ao Teatro Al Saraya, em Jaffa, para protestar contra a exibição de “Farha”, alegando que encoraja o terrorismo palestino contra os israelenses.

No início do dia, o ministro das Finanças, Avigdor Liberman, instruiu o tesouro a cortar o financiamento do teatro em resposta à exibição.

Fonte: Israel Hayom
Fonte: Tweeter