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Imagens extraoficiais do ataque à base são duplo golpe a Israel

Ontem à noite, antes mesmo do anúncio oficial de que o drone que caiu na região de Binyamina atingiu a base de treinamento da Brigada Golani, já circulava nas redes sociais a informação de que as vítimas do incidente eram soldados e que o local do ataque foi uma base militar.

Canais de notícias não oficiais do Telegram já noticiavam e de lá chegaram aos canais de língua árabe afiliados ao Hezbollah, Hamas e Irã, que “celebraram” a conquista.

Embora a publicação só tenha sido autorizada por volta da meia-noite, por volta das nove horas da noite, circularam nas redes sociais fotos mostrando a sala de jantar da base coberta de sangue, os corredores da base cheios de destruição e imagens de pelo menos um soldado ferido.

Tal como aconteceu no dia 7 de outubro, também desta vez, fotos de destruição e feridos foram distribuídas em poucos minutos para quase todos os celulares, e todos os que eram membros de grupos do Telegram foram expostos a estas imagens. No entanto, ao contrário do dia 7 de outubro, as fotografias não foram criadas por terroristas, mas por soldados e transeuntes que documentaram a difícil cena.

Em pouco tempo, essas imagens chegaram aos canais populares do Telegram no mundo árabe. No canal do Al-Mayadeen, canal de TV próximo ao Hezbollah, foi publicada uma imagem da destruição do refeitório logo após o ataque.

Abaixo das fotos do local, com o chão coberto de sangue, legendas em árabe diziam: “as salas de jantar dos soldados do exército israelense tornaram-se armadilhas mortais”.

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O canal Telegram do Al-Mayadeen tem cerca de 190 mil seguidores, portanto o potencial de danos causados ​​pelas imagens é grande.

Uma página palestina chamada “Vigilância de Campo” postou um vídeo mostrando a destruição e sangue em toda a base. “Um novo vídeo de uma base Golani, no norte da Palestina ocupada”, foi escrito ao lado do vídeo, que mostra manchas de sangue e peças de roupa de soldados feridos.

Também no canal Telegram Gaza Now, que tem 1,7 milhão de seguidores, considerado próximo do Hamas e que tem amplamente divulgado imagens do massacre de 7 de outubro, apareceram conteúdos semelhantes, incluindo um vídeo mostrando o caos em torno da base e a evacuação de soldados feridos em macas. “O sangue dos soldados sionistas, porcos, em uma das bases do exército no norte da Palestina ocupada depois de ter sido atingida por um drone suicida enviado pelo Hezbollah do Líbano”, estava escrito ao lado das imagens.  Nos comentários da mensagem felicitações, emojis risonhos, corações e muito mais.

Mesmo a documentação aparentemente “inocente” da destruição que aparece nos canais de notícias (não oficiais) do Telegram, que se tornaram cada vez mais populares desde o início da guerra, chega à mídia inimiga e prejudica Israel.

Quem fez estas afirmações, entre outras, foi o site Abu Ali Express, o misterioso canal Telegram que informa em hebraico o que está a acontecendo no mundo árabe, seguido por quase meio milhão de pessoas. “Do ponto de vista dos apoiadores do Hezbollah, ontem foi um dia recorde depois de um longo e difícil período de golpes que a organização recebeu das FDI. Os canais afiliados ao eixo xiita estavam repletos de fotos e vídeos da base atacada, era um elemento central de suas comemorações – pense nisso na próxima vez que fotografar, publicar ou transmitir documentação dessas cenas de ataque, especialmente dentro de uma base militar”, foi escrito ao lado de um vídeo que documentava multidões comemorando os ataques do Hezbollah nas ruas da cidade de Sidon, no Líbano.

Mesmo nas redes sociais, foram rápidas as mensagens criticando aqueles que, em vez de prestarem ajuda, documentaram a destruição e causaram assim um duplo golpe.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Mako
Foto: Captura de tela (redes sociais), conforme Artigo 27 da Lei de Direitos Autorais

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