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Ikea é processada por divulgar “catálogo kosher”

A rede de lojas sueca Ikea foi processada em Israel por discriminação de gênero após ter divulgado, durante um período de 2017, catálogos especiais para a comunidade ultra-ortodoxa judaica com imagens nas quais não apareciam nem mulheres e nem meninas.

O processo foi apresentado dia 26/2 ao Tribunal de Distrito do Jerusalém por uma mulher ortodoxa e pelo Centro de Ação Religiosa de Israel. Os litigantes pediram à Justiça israelense que atenda à reivindicação coletiva contra a filial israelense da Ikea. Os envolvidos pediram que a empresa multinacional pague uma compensação de cerca de 363 euros para aproximadamente 10 mil mulheres ultra-ortodoxas que, segundo calculam os litigantes, viram sua sensibilidade ferida pela distribuição do catálogos, chamado popularmente “catálogos kosher”. “A exclusão total das mulheres do catálogo envia uma mensagem grave de que as mulheres não têm nenhum valor e que há algo ruim na sua presença, inclusive no espaço familiar que é mostrado nos catálogos”, alegaram os litigantes. “Esta discriminação e exclusão fez irritar, insultar e traumatizar os que receberam o catálogo” e pode “prejudicar o status das mulheres na sociedade em geral, e particularmente na (comunidade) ultra-ortodoxa”, denunciaram.

O “catálogo kosher” foi distribuído em 2017 em Israel e levantou queixas de grupos feministas e dos clientes mais seculares. Depois da polêmica, a Ikea anunciou que deixaria de distribuir qualquer tipo de catálogos que excluísse mulheres e posteriormente distribuiu outro com imagens sem pessoas. Em setembro, a Justiça israelense condenou uma rádio ultra-ortodoxa ao pagamento de uma multa equivalente a 238 mil euros por excluir as mulheres de suas transmissões.

Fonte: UOL

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