IAF atinge Gaza em “escala sem precedentes”

De acordo com o Brig. General Omer Tishler, a Força Aérea de Israel (IAF) atacou a Faixa de Gaza em uma “escala sem precedentes”, com Israel concentrando os seus esforços em atingir dirigentes do Hamas.

Tishler, comandante da Força Aérea de Israel, disse que “há um inimigo aqui disparando foguetes, atacando uma população civil. Nunca permitiremos isso novamente”.

Na tarde desta quarta-feira, a única central elétrica de Gaza ficou sem combustível. Isso deixa apenas geradores para abastecer o território, mas eles também funcionam com combustível que já está escasso.

Israel impediu a entrada de alimentos, água, combustível e medicamentos em Gaza, onde vivem 2,3 milhões de palestinos. O único acesso restante do Egito foi fechado na terça-feira, depois que ataques aéreos atingiram uma área perto da passagem de fronteira.

Israel está há cinco dias em guerra com o Hamas, após o ataque surpresa do grupo terrorista palestino às comunidades israelenses na manhã de sábado. Mais de 1.400 pessoas – a maioria delas civis – foram mortas, de acordo com o balanço mais recente, mais de 3.000 ficaram feridas e cerca de 100 a 150 foram capturadas e levadas para a Faixa de Gaza.

O Hamas lançou rajadas de foguetes quando seu ataque começou no sábado e continuou a disparar foguetes contra cidades israelenses nos últimos cinco dias, incluindo Tel Aviv, Jerusalém e comunidades do sul perto de Gaza, que é governado pelo grupo terrorista.

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“Não agimos como o outro lado, não atacamos a população civil. Por trás de cada ataque há um alvo”, disse Tishler. “Agimos com precisão e profissionalismo, mas não cirurgicamente. Não estou falando de golpes únicos, dezenas ou centenas de golpes. Estamos falando de milhares de munições”.

Tishler disse que é necessário paciência se Israel quiser destruir a infraestrutura do Hamas. “Esta máquina irá funcionar, atacar e destruir. É assim que você opera se quiser erradicar os centros do terror”.

As FDI realizaram ataques contra cerca de 2.700 alvos em toda a Faixa de Gaza desde sábado, de acordo com dados militares desta quarta-feira.

De acordo com os dados, 1.329 dos alvos eram edifícios de vários andares que continham bens do Hamas, incluindo salas de guerra onde o grupo terrorista gere os combates contra Israel.

Os militares também disseram na quarta-feira que as tropas do Corpo de Engenharia de Combate têm trabalhado para selar as muitas brechas na cerca da fronteira de Gaza causadas pela infiltração assassina do Hamas.

Num comunicado, as FDI disseram que quatro empresas de engenharia de combate, utilizando mais de 30 veículos blindados de engenharia pesada, estavam reparando e selando a barreira fronteiriça, apoiadas por tanques e aeronaves.

Israel disse que as suas forças mataram cerca de 1.500 terroristas do Hamas que se infiltraram no seu território desde sábado.

O porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, também disse na quarta-feira que os terroristas não conseguiram se infiltrar em Israel a partir da Faixa de Gaza nos últimos dois dias e que as tropas estavam trabalhando para retirar centenas de corpos de terroristas da área.

“Eles não cruzaram a cerca nos últimos dois dias. Os terroristas são mortos em cima do muro, ainda há centenas de corpos de terroristas nesta área que ainda não removemos”, disse em conferência de imprensa.

Hagari disse que o Hamas, no seu ataque inicial no sábado, “pretendia ocupar a área, não atacar e regressar a Gaza”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto (ilustrativa): Wikimedia Commons