Hezbollah bombardeia o Norte com 40 foguetes

O Hezbollah lançou uma saraivada de cerca de 40 foguetes no norte de Israel, na tarde de quinta-feira, no que o grupo terrorista disse ser uma resposta aos recentes ataques aéreos israelenses no Líbano, incluindo a morte de um de seus agentes no início do dia.

A inteligência americana espera uma grande escalada entre Israel e o Hezbollah nas próximas semanas, na ausência de um cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza.

Uma autoridade dos EUA disse que o risco de guerra é maior, agora, do que  do que foi nas últimas semanas. “Um grande ataque de qualquer um dos lados, que poderia desencadear uma guerra, poderia acontecer com ‘pouco aviso’”.

Foram emitidos avisos de viagem para o Líbano por Washington e vários países europeus. Dois funcionários disseram que a data de início de uma guerra não era clara, mas que Israel estava adquirindo armas e aumentando forças rapidamente.

As Forças de Defesa de Israel disseram que a maioria dos foguetes disparados no grande bombardeio na cidade de Safed, no Norte, e comunidades próximas foi derrubada pelo sistema de defesa aérea Iron Dome.

Segundo a polícia, alguns dos foguetes causaram danos a propriedades, e o Corpo de Bombeiros trabalhou para extinguir os incêndios provocados pelo ataque.

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Sirenes soaram em Safed e em várias cidades da Galileia devido à barragem, pela qual o Hezbollah assumiu a responsabilidade.

Cerca de 1.000 casas, prédios e estabelecimentos em Kiryat Shmona já foram destruídos completa ou parcialmente pelos foguetes do Hezbollah, desde o início das hostilidades, em 8 de outubro. Mais de 85% da população da cidade foi evacuada.

Por meio de um comunicado, o grupo terrorista afirmou ter lançado dezenas de foguetes Katyusha contra bases militares israelenses na Galileia.

O ataque teria sido foi uma resposta aos recentes ataques israelenses no sul do Líbano, incluindo um ocorrido na quinta-feira na cidade de Sohmor, que matou um dos agentes do grupo terrorista, e um suposto ataque em Nabatieh, na quarta-feira à noite.

O ataque de drones em Sohmor, localizado no distrito de Bekaa Ocidental, a cerca de 20 km da fronteira israelense, matou o agente do Hezbollah Ali al-Din.

As FDI disseram que al-Din era membro das forças aéreas do Hezbollah, responsável por ataques de drones no norte de Israel.

Um outro ataque de drones matou dois agentes do Hezbollah em at-Tiri, no sul do Líbano, na quinta-feira, segundo os militares.

As FDI também disseram que jatos de combate atingiram prédios usados pelo Hezbollah em Ramyeh, Houla e Aitaroun, no sul do Líbano, na quinta-feira. Os militares acrescentaram que as tropas também bombardearam áreas no sul do Líbano com artilharia. Mais tarde, o grupo terrorista anunciou a morte de três membros em ataques israelenses no sul do Líbano.

Na quinta-feira anterior, dois drones carregados de explosivos lançados pelo Hezbollah na Galileia Ocidental atingiram áreas perto de Rosh Hanikra, disseram os militares.

A FDI disseram que não houve feridos no ataque. O Hezbollah assumiu a responsabilidade, alegando ter como alvo uma base da Marinha israelense. Sirenes de infiltração de drones soaram em Rosh Hanikra e em várias cidades próximas durante o incidente.

As FDI anunciaram que as tropas realizaram exercícios na semana passada simulando combates no Líbano, para aumentar a prontidão do Comando do Norte em meio às crescentes tensões na fronteira norte.

A 12ª Brigada Golani, que opera nas áreas de Monte Dov e Monte Hermon, na fronteira norte, realizou um exercício simulando combates em terreno complexo, disseram os militares.

Outro exercício, realizado pela 55ª Brigada de Paraquedistas da Reserva, praticou vários cenários de combate, incluindo movimentação em terrenos complexos e avanço por uma “rota montanhosa”, disse a FDI.

Israel alertou que não pode mais tolerar a presença do Hezbollah ao longo de sua fronteira, com dezenas de milhares de israelenses deslocados de suas casas no Norte devido aos ataques de foguetes e drones, e alertou que, se uma solução diplomática não for alcançada, recorrerá à ação militar para empurrar o Hezbollah para o norte.

Embora o escalão político ainda não tenha tomado uma decisão sobre o lançamento de uma ofensiva no Líbano e a transformação da Faixa de Gaza numa frente secundária, as FDI disseram que continuam a visar os comandantes do Hezbollah responsáveis pelos ataques a Israel.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto (ilustrativa): Shutterstock