Hamas quer estender o cessar-fogo
Por David S. Moran
Há 57 dias Israel está travando a Guerra Espadas de Ferro, quando revidou ao ataque cruel e selvagem da organização terrorista Hamas. As informações dão conta de que foram assassinadas mais de 1.200 pessoas e sequestradas 243, a maioria civis, inclusive 39 crianças e jovens de 9 meses até os 18 anos. É uma barbárie inigualável levar uma mãe com seu filhinho de 9 meses e o irmão de 4 anos.
Depois de 50 dias, foi acertado um cessar fogo para a troca de reféns israelenses nas mãos do Hamas em troca de terroristas condenados em prisões israelenses. Para cada sequestrado, Israel liberta 3 palestinos. No início foi acertado que seria em quatro dias, depois mais dois dias e agora negocia-se mais alguns dias.
O Hamas-Daesh aproveita o cessar-fogo para se organizar e se armar, além de relações públicas para se mostrar humano. A cada troca de israelenses por palestinos, o Hamas faz dificuldades, separando mães de filhos, esposas dos seus maridos e nega ter certos reféns. Assim é com o bebe Kfir de, agora quase 11 meses de idade e seu irmão Ariel de 4 anos. Indagados como é que após seis trocas ainda não devolveram o sequestrado mais jovem do mundo, agora a organização terrorista Hamas-Daesh diz que a família morreu.
É impressionante ver a união e solidariedade da sociedade israelense nestes dias. Todos estão apegados às TVs, assistindo à pressão de nervos dirigida pelo Hamas. Até o Egito e o tutelador Catar não suportaram essas brincadeiras e pressionaram o Hamas.
Agora, com o retorno de mais de 60 reféns israelenses e cerca de 20 tailandeses, nota-se o mau trato do Hamas com eles. Chegaram com perda de peso, que chegava a até 15 kg. Recebiam pita (pão árabe) com azeite e arroz. Tinha dias que só recebiam água. Uma senhora sequestrada retornou com a temperatura de 28o C e pulso de 40. Não tomaram banho nos seus dias de cativeiro. Às vezes conseguiam lavar suas roupas e vesti-las ainda molhadas. Viam a luz do sol, quando a viam, por duas horas diárias.
A desinformação é incrível, principalmente quando se trata de Israel. A emissora Al Jazeera é do governo do Catar e, portanto, serve o Hamas-Daesh. O Catar serve como intermediário, mas é o principal financiador do Hamas e de outras organizações terroristas radicais. Até jornalistas e intelectuais árabes criticaram no X (ex-Twitter) o apoio da Al Jazeera às organizações terroristas como Hamas, Al Qaeda, Hizballah, Houtis e outros apoiados pelo Irã. “O grupo Al Jazeera é porta voz do Irã e o serve quando apoia o terror e explora e fere a segurança nacional árabe”. O pior é que muitos órgãos da mídia Ocidental seguem o exemplo da Al Jazeera.
Da mesma forma, organizações femininas do mundo que se calaram de maneira estranha e não condenaram a violência praticada pelo Hamas-Daesh contra jovens e mulheres israelenses. Todos sabem que houve inúmeros estupros e mutilação de órgãos genitais que os terroristas filmaram e se gabaram. Nem a ONU Mulher se manifestou a respeito, assim como a UNICEF não se alarmou com o sequestro de crianças para Gaza.
Outra vergonha é a atuação da Cruz Vermelha que não visitou os reféns israelenses nenhuma vez até agora, mesmo que houvesse senhoras de mais de 80 anos e doentes. Além de outros sequestrados que foram feridos no ataque do Hamas. Esta organização não segue as normas internacionais e não permite à Cruz Vermelha visitar os reféns. Até agora, só serviu transportar alguns metros os reféns libertados até as ambulâncias egípcias que os levaram até a fronteira com Israel. Trabalho que o Gett Taxi poderia fazer. Aliás, toda esta transição triangular é feita para que não pareça que o Hamas reconhece o Estado de Israel.
Guerra é terrível e infelizmente sempre há vítimas inocentes. É terrível ver prédios destruídos. Israel conhece os efeitos de guerras e quer shalom (a paz) mais do que qualquer outra nação. Se Israel a tivesse, não precisaria dispensar enormes verbas para armamento e poderia desviar montanhas de dinheiro para pesquisas e descobertas que possam beneficiar a humanidade e o mundo todo.
Israel avisou a população de Gaza, semanas antes do seu avanço, para que todos saíssem de suas casas para o sul da Faixa de Gaza. Até abriu vias para que a população pudesse passar livremente e sem distúrbios. Dezenas de milhares de telefonemas foram feitos por oficiais das Forças de Defesa de Israel (FDI) que falam árabe. Milhões de panfletos urgindo a população a deixar o local antes do avanço das FDI. Nenhum exército faz isto. Israel sabia que muitos terroristas do Hamas também fugiriam, mas preferiu resguardar a população civil. Ante a saída de civis, terroristas do Hamas atiravam em pessoas que queriam sair, pois os civis lhes servem como proteção humana.
No avanço das FDI foi desvendado o que já se sabia. A Faixa de Gaza tem uma rede de tuneis que estão debaixo de hospitais, mesquitas e escolas. Nos túneis abaixo do maior hospital de Gaza foram descobertas grandes quantidades de material bélico. O diretor do Hospital, Dr. Mohammad Abu Salmiya foi pego no meio dos civis, quando tentava fugir para o sul (23/11) e levado pela Shabak para investigação.
Israel está permitindo a entrada de centenas de caminhões diários para a Faixa de Gaza, com alimentos e primeiras necessidades, inclusive combustível, para aliviar o sofrimento da população, mesmo sabendo que parte será desviado para o benefício do Hamas. Esta organização radical islâmica não está na luta armada para libertar território ocupado. Toda a Faixa de Gaza foi entregue a Autoridade Palestina em 2005. O presidente egípcio, Sadat, quando assinou o Tratado de Paz com Israel em 1979, não queria a região que até a Guerra dos Seis Dias (1967) lhe pertencia. Ele sabia porquê. Mesmo no Sul, ele insistiu em dividir a cidade de Rafah, que cresceu muito e deixar a parte da Faixa de Gaza para os palestinos e a parte do Egito para o Egito. Mesmo dividindo famílias inteiras. Nem mesmo a sugestão de Begin de deixar Rafah toda sob jurisdição egípcia ele não aceitou.
O premier Benjamin Netanyahu continua insistindo que Israel tem como objetivo libertar e trazer para casa todos os reféns (incluindo os restos mortais de dois soldados, desde 2014 e dois cidadãos israelenses, que lá estão há anos e ninguém os menciona) e continuar na guerra até destruir a organização terrorista Hamas. Se não o fizer, isto será uma vitória para o Hamas, que continuará a ameaçar as comunidades, kibutzim e cidades na redondeza e os mais distantes também. Poderá servir de mau exemplo à Hizballah que é organização terrorista irmã do Hamas e que, nestes dias de trégua, também cessou o fogo.
Israel está cada vez pressionado por países amigos como os EUA e países europeus, mas tem que fazer o que é bom para os cidadãos de Israel e erradicar de vez a ameaça que o Hamas representa. Isto fará bem para Israel e também para os países árabes que cinicamente apoiam verbalmente o Hamas, mas tem medo desta organização terrorista e querem sua destruição. Fará o bem ao Ocidente que cada vez mais é ameaçado pelo terror islâmico. Servirá de exemplo à Hizballah, para não entrar em guerra com Israel.
Israel quer exterminar a organização terrorista Hamas-Daesh e já pensa no “dia do depois”. Entregará Gaza à ONU por um período de tempo, ou novamente à Autoridade Palestina, que já foi expulsa da região pelo próprio Hamas. E se para a AP, para as mãos do gagá Mahmoud (Abu Mazen) Abbas de 86 anos, ou para um dos possíveis herdeiros? Um desses é Jibril Rajoub, velho conhecido dos israelenses. Foi o líder das Forças de Segurança palestinas, é do “politbiro” da Fatah e atual presidente da Federação Palestina de Futebol e Ministro dos Esportes. Se expressa contra o Estado de Israel. Em entrevista à TV MBC do Egito (23/11), justificou “o massacre que ocorreu no dia 7 de outubro tem que ser um marco da guerra de defesa dos palestinos devido a ocupação e os crimes de Israel”. Adicionou: “certamente é início de outras explosões e o próximo será na Cisjordânia”.
Agora, resta saber quantas rodadas de troca de reféns acontecerão e se os combates continuarão até o Hamas se render. Segundo o porta voz das FDI, na quarta-feira (29) o Hamas ainda mantinha 159 reféns. As trocas deverão ser cada vez mais difíceis e pode ser que não sejam concluídas. Aí recomeçará a batalha e os dois lados sofrerão.
Foto: Captura de tela