Hamas divulga vídeo de dois reféns

O Hamas divulgou um novo vídeo, na tarde desta segunda-feira, mostrando provas de vida dos reféns Elkana Bohbot e Yosef-Haim Ohana.

A pedido do Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, o vídeo ou qualquer parte dele seria publicado somente com o consentimento das famílias. Os dois estão mantidos em cativeiro pelo Hamas há 535 dias, junto com outros 57 reféns em Gaza.

Elkana Bohbot (à direita, na foto), de 35 anos, de Mevaseret Zion, foi sequestrado do festival de música Nova, perto de Re’im. No dia do massacre, ele fazia parte da equipe de produção do evento e ajudou a evacuar e tratar os feridos durante o ataque. Ele e sua esposa, Rivka, que imigrou da Colômbia em 2016, são pais de um menino de 4 anos.

Falando na Knesset, Rivka disse: “Ele poderia ter fugido, mas escolheu ficar e ajudar as pessoas a evacuar e tratar os feridos”.

Em 7 de outubro, Bohbot estava trabalhando no festival. Quando sua mãe e esposa o chamaram, ele disse que estava ajudando a evacuar os feridos e que iria embora logo depois. A conversa final deles ocorreu às 8h05, quando ele disse à mãe: “Há um pouco de caos aqui, estou ajudando a evacuar as pessoas”. Quando ela o avisou para ter cuidado, ele respondeu: “Prometo que voltarei para casa”. Mas, uma hora depois, seu telefone ficou em silêncio. Às 10h, o Hamas divulgou o primeiro vídeo mostrando Elkana em Gaza. Seu rosto estava ferido, ele estava amarrado, espancado e aterrorizado.

Sua família de Elkana Bohbot autorizou a publicação do vídeo:

 

Yosef Haim-Ohana (à esquerda, na foto), de 24 anos, de Kiryat Malakhi, também foi sequestrado do festival Nova. Ele era tão amado por seus amigos que um deles até tatuou seu rosto em seu corpo. Ele trabalhava como barman, amava ler e planejava se tornar um coach. Junto com um amigo que estava com ele no festival, ele ajudou os feridos e os transferiu para médicos e ambulâncias fora do local.

LEIA TAMBÉM

• 24/03/2025 – Ataque a hospital de Gaza mata dirigente do Hamas
• 23/03/2025 – Brasil entra na rota do terror islâmico
• 23/03/2025 – ONG usa nomes de famílias enlutadas sem consentimento

“Liguei para o amigo dele, e ele me disse que, quando o tiroteio começou, eles começaram a mover os feridos para receber tratamento”, disse sua mãe, Miri Ben Ami. “Eles tentaram correr em direção à estrada principal, mas viram um RPG sendo disparado contra eles”.

Yosef correu para a esquerda, seu amigo correu para a direita e se escondeu debaixo de um carro. O amigo foi atingido pelo foguete e conseguiu ver Yosef Chaim espiando por trás de outro carro. Então ele o perdeu de vista”. Sou mãe solteira, e ele sempre me ajudou. Ele trouxe tanta luz ao mundo. É difícil encontrar as palavras, eu só quero meu filho em casa. Agora”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Cortesia