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Hamas aceita “provisoriamente” proposta dos EUA

O Hamas deu aprovação inicial para uma proposta apoiada pelos EUA para um acordo de cessar-fogo em fases, abandonando uma exigência fundamental de que Israel se comprometa antecipadamente com o fim total da guerra, disseram duas autoridades, do Hamas e do Egito, no sábado.

O aparente compromisso do Hamas, que controlava Gaza antes de desencadear a guerra com um ataque em 7 de outubro contra Israel, pode ajudar a promover a primeira pausa na luta desde novembro passado e preparar o cenário para novas negociações sobre o fim da guerra.

Entretanto, todos os lados alertaram que um acordo ainda não está garantido.

Os dois oficiais, que falaram sob condições de anonimato sobre a as negociações em andamento, disseram que o acordo em fases proposto por Washington incluirá primeiro um cessar-fogo “completo” de seis semanas que teria a libertação de vários reféns, incluindo mulheres, idosos e feridos, em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos. Durante esses 42 dias, as forças israelenses também se retirariam de áreas densamente povoadas de Gaza e permitiriam o retorno de pessoas deslocadas para suas casas no norte de Gaza, disseram os dois.

Durante esse período, o Hamas, Israel e os mediadores também negociariam os termos da segunda fase, que poderia ter a libertação dos reféns homens restantes, tanto civis quanto soldados, disseram as autoridades. Em troca, Israel libertaria mais prisioneiros e detidos palestinos.

A terceira fase teria o retorno de quaisquer reféns restantes, incluindo corpos de prisioneiros mortos, e o início de um projeto de reconstrução de Gaza.

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O Hamas ainda quer “garantias por escrito” dos mediadores de que Israel continuará a negociar um acordo de cessar-fogo permanente assim que a primeira fase entrar em vigor, disseram as duas autoridades.

O representante do Hamas disse à Associated Press que a aprovação do grupo veio depois que ele recebeu “compromissos e garantias verbais” dos mediadores de que a guerra não seria retomada e que as negociações continuariam até que um cessar-fogo permanente fosse alcançado.

“Agora queremos essas garantias no papel”, disse ele.

Meses de conversas intermitentes sobre cessar-fogo tropeçaram na demanda do Hamas de que qualquer acordo incluísse um fim completo à guerra. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se ofereceu a pausar a luta, mas não encerrá-la completamente até que Israel atinja seus objetivos de destruir as capacidades militares do Hamas e trazer de volta todos os reféns mantidos pelo grupo terrorista.

O Hamas mostrou preocupação de que Israel reiniciaria a guerra após os reféns serem libertados. Da mesma forma, autoridades israelenses disseram que estão preocupadas de que o Hamas prolongue as negociações e o cessar-fogo inicial indefinidamente, sem libertar todos os reféns.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro israelense confirmou que o chefe do Mossad, um dos principais negociadores foi ao Catar, mas seu gabinete disse que “lacunas entre as partes” permaneceram.

Em linha com propostas anteriores, o acordo permitiria a entrada em Gaza de cerca de 600 caminhões de ajuda humanitária diariamente, incluindo 50 caminhões de combustível, com 300 destinados ao norte do enclave.

O exército israelense disse que eliminou uma célula de foguetes do Hamas que operava de dentro de uma área designada humanitária, num ataque preciso após tomar medidas para garantir que os civis não fossem feridos.

Os braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica disseram que atacaram as forças israelenses em diversas áreas do enclave com foguetes antitanque e morteiros.

Num anúncio oficial feito ontem em nome do Hamas, a organização esclareceu que não concordará de forma alguma com qualquer entrada de forças estrangeiras na Faixa.

Fonte: Revista Bras.il a partir de France 24, Reuters e Canal 13
Foto: FDI

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