Há um ponto em que o elástico estoura
Por Marcos L Susskind
O elástico tem uma interessante propriedade: você o estica e ele volta ao tamanho original. Isto pode ser feito “n” vezes que o resultado não se altera. Mas há uma regra: existe um ponto além do qual ele não voltará mais. É preciso dimensionar bem pois, ao atingir aquele tensão, o elástico estoura e, uma vez estourado, o elástico já não voltará a ser como antes.
Os haredim (ultraortodoxos) em Israel têm sido useiros e vezeiros em esticar o elástico e vê-lo voltar. Ameaçam sair do governo caso não lhes sejam dados subsídios e, quando os conseguem, tudo volta ao normal. Ameaçam sair da coalizão se não puderem fazer suas fogueiras no Monte Meron, ganham a autorização e tudo volta aí normal. Ameaçam levar o país a eleições se os obrigarem a ensinar ciências e matemática a seus filhos. A obrigação é abandonada e tudo volta ao normal.
Seguindo esta linha de usar a força para conseguir seus intentos, o Rabino Ytzchak Yosef, que é o Rabino-Chefe Sefaradi de Israel e que detém o título de Rishon Letzion veio com uma nova e potente ameaça.
A guerra contra o Hamas mostrou que faltam soldados ao Exército de Israel. Por isso foi necessário aumentar o serviço militar para três longos anos, aumentar em cinco anos o tempo de recrutamento de reservistas, e definir a entrada, finalmente, a participação dos ultraortodoxos no exército.
Enquanto tentamos unir o país, esquerda e direita, religiosos e laicos, sefaradim e ashkenazim eis que exatamente neste momento, na noite de 09/03, o Rabino citado ameaçou que “se forem obrigados a servir ao exército, iremos embora de Israel”. Trata-se de uma fala vergonhosa de um sujeito remunerado pelo Estado, empregado pelo governo, líder de uma facção religiosa que recebe imensas verbas para educação totalmente alheia ao Estado, fundamentada exclusivamente em estudos religiosos, não preparando os jovens para o mercado de trabalho e transformando-os em futuros dependentes de verbas públicas arrecadadas dos verdadeiros patriotas que servem a pátria e pagam impostos até para manter o grupo dele.
É bom lembrar que, graças a D’us, temos os realmente religiosos, o chamado grupo de “kipa sruga” que mantém o verdadeiro judaísmo e também defende o nosso país, muito diferente dos parasitas que se alimentam dos esforços e impostos dos outros Israelenses.
Talvez seja hora realmente de os incentivar a encontrar outro país disposto a subsidiá-los enormemente enquanto não trabalham e não se comprometem com a nação. Que busquem um país que os incentive a formar futuros mendicantes. Talvez eles possam encontrar tal terra. Espero estar vivo para vê-los partir. Nós todos, os judeus tradicionais, os não religiosos, os Datim Leumim e os Hardalim, fomos transformados em babás e em provedores: somos obrigados a defendê-los no front e ainda por cima a pagar pela sua preguiça. Onde mais isso acontece?
Foto: Mabel Amber (Pixabay)
Nota: Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião da Revista Bras.il.
Acompanho o relator. Nada a acrescentar. Muito bom 👏
Nunca vão deixar essa mamata. Vão espernear e atrapalhar ainda mais os que que lutam pela vida.
Muito bom o texto acima. E também o seu comentário. Estive em Israel a 4 anos atrás e vi como o governo e a classe média mantém através de impostos essa multidão que vive em Jerusalém e que não gosta de trabalhar e que vive de subsídios da classe trabalhadora.
Todos nas grandes cidades Israelenses reclamam contra esses grupos que são mantidos com os impostos de um país já tão sacrificado.
Muito triste 😔
Seria uma benção para Israel a saída destes mamadores das fontes do povo israelense. Quem não apoia as IDF não tem direito de viver em Israel!
Excelente texto! Esses ultraortodoxos conseguem ser mais parasitários do que os socialistas de esquerda e direita. Como estes, são igualmente tanto hipócritas como cretinos fundamentalistas.
Quando você fala que os haredim não contribuem para o país, está esquecendo Zaka, Iedidim, Hatzala, Yad Sarah ,Chasdei Naomi, etc, etc. Os charedim se voluntariam em maiores percentagens e por mais tempo que qualquer outro setor, só que não de forma obrigatória .
A percentagem de mulheres que trabalham é maior do que qualquer outro setor, e mesmo quem não trabalha paga os impostos sobre produtos e sobre propriedades,como todo mundo, e que consistem algo como 70 % dos impostos que o governo recolhe.
Você não abordou os problemas pelos quais os haredim não se alistam . O objectivo proclamado de integrar mais mulheres no exército é anatema ao serviço militar religioso. O exército assume que tem enormes dificuldades de fornecer comida do nível de kashrut aceitável aos haredim.
60% dos soldados que entram no exército com kipá saem sem. E isto são só exemplos dos vários problemas.
Ameaçar sair do governo é o que se chama ” o poder democrático do voto “, e os esquerdistas antes de 7 de outubro não tinham problema nenhum em estimular a recusa de revervistas ao serviço militar.
Se você soubesse a diferença que existe entre os recursos dedicados aos rilonim e aos haredim teria vergonha de usar termos como ” parasitas” . Nos bairros mais caros, com a maior harnona do país, não há o mesmo número de faxineiros, não há arborização, as crianças estudam em classes de 35 a 40 alunos . E não como no Brasil, com ajudante de professor, e gari e não sei mais que. O professor está sozinho na classe . E muitas vezes a ” classe ” é uma caravana.
Você sabia que o governo gasta mais com a televisão e rádio públicos do que com os haredim?
Que um aluno haredi custa 7 vezes menos ao governo do que um não religioso na escola pública?
Você achar que o rav Ovadia inventou que os haredim têm que deixar o país e não servir no exército mostra falta de conhecimento histórico, já que isto foi falado pelo Razon Ish à Ben Gurion, todo o tempo que tivesse mulheres no exército.
Você chamar este momento de ” união “, quando os ” Irmãos nas Armas ” tem o objectivo claro de derrubar o governo. E querem usar os haredim para isto .
A pouco tempo atrás, os trabalhadores da saúde e de alta tecnologia estavam falando em deixar o país, levando consigo consideraveis verbas e deixá- lo falir, se não tivessem as coisas à sua maneira. Ninguém lhes chamou de “parasitas “, ou lhes acusou de uso de força indevida, mesmo que muitos deles são trabalhadores públicos.
Em um país que vive de milagres há bem mais do que 75 anos, não é só o dinheiro que é importante.
Suas queridas crianças que estudam matemática e inglês muita vezes não sabem absolutamente nada de sua religião ou sua relação com D-us ou esta terra, e estão prontos a deixa- los por qualquer milky mais barato
Espero que você também possa conhecer melhor o seu próprio povo e nossas tradições. Você alguma vez vizitou um yeshiva haredi?
somos todos judeus, chilonim, datiim, mas os haredim se portam como acima do bem e do mal. Eu presto servico em escola deles.
Alguns, geralmente os que retornaram a religiao, trabalham, mas a grande maioria vive realmente as nossas custas, de nos trabalhadores, que temos que trabalhar ate o ultimo suspiro para sobreviver. Quem e voce para falar dos que estudam e trabalham, se comem milky ou nao? Se fica doente tem que ir ao medico, alguem, que alem de religiao estudou e dedicou anos da sua vida a a tratar outros seres humanos independente de raca ou credo. Ahhh faca-me o favor, a vida vai mais alem. Vao estudar e rezar no front. Ds no ceu e os misseis vem de la tb. Vao servir a patria como pessoas, ser humanos. vcs estao muito distante da divindade com o separatismo e preconceito. Os Haredim fomentam o antissemitismo, os haredim discriminam o seu proprio povo. Eu sou filha de pais judeus, neta de judeus, bisneta e assim ate a primeira geracao. Vou dar um simples exemplo. Eu cai no meio da rua em frente a uma sinagoga e nenhum ser humano do sexo masculino foi capaz de me prestar socorro. por que sou mulher? porque estava passeando com um cachorro e o desviei da calcada para nao incomodar os referidos senhores? uma senhora caida no meio da rua ensanguentada. Em que Tora esta voces estudam?
Ama teu proximo….
Marcos L Susskind, seu texto e perfeito!
Admiro o Marcos mas acho que desta vez ele se equivocou. Esta explanação do M.N. foi respeitosa e no ponto.
Realmente é muito parecido com bolsa família que o povo brasileiro paga.
Ultraortodoxos deve ser como todo Israelense trabalhar e defender o país
Porque esta diferença são todos Judeus
Direi como as Mães da Plaza de Maio
Que se vayan!
Todos!!!
Agora por favor
Levem o Bibi junto.
Será a grande solução para o sionismo de Israel. O sionismo de Theodor Herzl. Não este “sionismo” do século XXI.
Concordo totalmente com o texto de Marcos Suskind.
Aos que não me conhecem gostaria de me apresentar. Sou judeu laico estudei no Scholem. Não conheci meus avós. Três deles morreram no Holocausto, em 1941. O quarto já tinha morrido num pogrom na Belarus, ao final da Primeira Guerra Mundial, cerca de 1919.
Fica a duvida, estes religiosos, que são os que mais entendem das escrituras, estes que sabem do fato de que a terra lhes foi permitida, foi só apertar eles um pouco, que ameaçaram abandonar israel… Será então que não existe fundamento nenhum nesta promessa e que isso não passa de uma invenção para justificar essa invasão e ocupação???
Lhes foi prometida..
Vem pro Brasil que as Bolsas família vos esperam junto, de bojo o molusco…