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“Há coisas que nunca vou contar”, diz refém sobre cativeiro

Com base em entrevistas dos familiares dos quatro reféns resgatados no sábado passado e nas descrições feitas pelo pessoal médico e de segurança que os atendeu, o Wall Street Journal publicou o que se sabe, até o momento, das condições de detenção de três dos reféns: Almog Meir Jan, Shlomi Ziv e Andrei Kozlov.

Os três reféns foram mantidos juntos em um quarto escuro. Durante os primeiros dois meses, suas mãos e pés ficaram amarrados. Dormiam em pequenos colchões no chão. Eles podiam ouvir os sons de uma família de Gaza que vivia abaixo do quarto onde estavam trancados, mas nunca conheceram nenhum dos membros desta família.

Certa vez, enquanto a família estava fora, eles puderam usar a cozinha. Os três reféns ficaram completamente isolados do mundo exterior. Seu único contato com o mundo era com seus captores, quando lhes traziam comida.

Estes últimos aplicavam-lhes abusos físicos e psicológicos caso não cumprissem as ordens do Hamas.

Os três foram trancados em um minúsculo banheiro ou cobertos com vários cobertores, mesmo com a temperatura alta, e ameaçados de execução.

Andrei Kozlov disse aos pais que nunca lhes contaria algumas das coisas que sofreu.

Itay Pessah, médico que cuidou dos reféns no hospital Tel Hashomer, disse, “ouvimos histórias que vão além de tudo que podemos imaginar”.

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Pessah acrescentou, “eles sofreram abusos físicos e psicológicos. Sua aparência está ligada à alta dose de adrenalina em seu corpo e à alegria de sua liberação. Mas apresentam sinais de distrofia muscular e desnutrição. Há certas ações que eles não são mais capazes de realizar”.

Os terroristas do Hamas passaram o seu tempo fazendo-os acreditar que Israel os tinha abandonado e que preferia matá-los a libertá-los, porque eram um fardo.

Mas, uma vez, os reféns puderam assistir à Al Jazeera e viram os protestos em Tel Aviv exigindo a sua libertação. Um dos reféns ainda viu um pôster com sua foto.

No entanto, a pressão psicológica do Hamas produziu efeitos. O pai de Andrey disse numa entrevista ao Ynet que os três reféns tiveram medo quando viram os soldados das FDI invadirem a sala onde estavam. “No início, eles não sabiam por que tinham vindo. Eles se perguntaram se tinham vindo para matá-los. Aí eles entenderam que vinham libertá-los e foi um grande alívio”.

Evgenia e Mikhail Kozlov, relataram “Andrey nos disse. ‘Tem algumas coisas que eu nunca vou te contar’. Não sei o que ele não nos contou e o que nunca quer nos contar”, disse Kozlova, mas disse que o filho lhe deu um vislumbre das condições em que viviam.

Os pais reforçaram os relatos dos meios de comunicação sobre os abusos psicológicos sofridos pelos reféns, relatando que os guardas tinham dito aos cativos que Israel não se importava nada com eles, ou que os seus entes queridos os tinham abandonado.

“Ele nos disse que eles eram obrigados a seguir algumas regras muito estranhas, como não se pode sentar com as pernas voltadas para esses terroristas. Você não pode fazer isso e não pode fazer aquilo”, disse Evgenia. “Você pode ser punido por pegar a água errada ou no lugar errado”.

Ela disse que os guardas frequentemente abusavam verbalmente dos prisioneiros. “Eles gostavam de dizer, ‘Você é um animal, você é um burro, você é um tolo, você é sujo’. Andrey agora conhece essas palavras perfeitamente em árabe. Tudo sobre palavrões em árabe ele aprendeu bem”.

Em declarações ao The New York Times, Evgenia Kozlova disse que os captores disseram a Andrey: “Sua mãe está de férias na Grécia. Sua mãe não sabe nada sobre você e não quer saber.”

Os terroristas também convenceram ele e os outros reféns de que suas namoradas estavam namorando outros homens, disse a mãe de Andrey Kozlov ao canal britânico The Telegraph.

“Ele disse que sofreu uma lavagem cerebral… eles disseram que ninguém os quer, que ninguém está lutando por eles”, disse ela. “Disseram que as Forças de Defesa de Israel querem matá-los e que esta será a solução para a guerra”.

Mikhail, pai de Andrey, disse à TV Kan que Andrey descreveu um guarda como sendo particularmente cruel e mentalmente perturbado, abusando dele num dia e no dia seguinte dizendo, “eu te amo”.

Embora o Hamas tenha negado ter maltratado os reféns, o Wall Street Journal catalogou na quarta-feira os repetidos abusos físicos e psicológicos que os reféns sofreram durante os oito meses em Gaza, citando os familiares dos raptados, bem como as autoridades de segurança e médicas israelenses.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel e LPH Info
Foto: FDI

Um comentário sobre ““Há coisas que nunca vou contar”, diz refém sobre cativeiro

  • Israel nunca, jamais deve aceitar nada que estes terroristas do hamas propõe, absolutamente nada, a guerra contra estes canalhas deve ser total, a destruição total desta corja e a morte de seus líderes e de qualquer povo que acompanhar esta corja, não são humanos, são piores que animais. VIVA ISRAEL.

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