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General vai investigar falhas em ataque na fronteira

O comandante das Forças de Defesa de Israel, tenente-general Herzi Halevi, nomeou neste domingo um general para liderar a investigação sobre as circunstâncias da morte de três soldados por um policial egípcio em um ataque na fronteira no sábado.

O major-general Nimrod Aloni, que deve assumir o cargo de chefe do Corpo de Profundidade e Colégios Militares das FDI nos próximos meses, chefiará uma equipe que investigará as falhas “sistêmicas” que contribuíram para o ataque mortal.

A equipe de Aloni “examinará a percepção operacional e sistêmica da defesa de fronteiras pacíficas”, disse o porta-voz das FDI.

Enquanto isso, o chefe do Comando Sul das FDI, major-general Eliezer Toledano, e o comandante da 80ª Divisão, general Itzik Cohen, vai investigar a conduta das tropas durante o ataque.

As investigações de Toledano e Cohen devem ser apresentadas a Halevi dentro de uma semana.

Os três soldados mortos pelo policial egípcio que se infiltrou em Israel em circunstâncias obscuras – Ori Yitzhak Iluz, Ohad Dahan e Lia Ben Nun – foram enterrados ontem em suas cidades, sob muita comoção.

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De acordo com a investigação inicial das FDI, o policial egípcio se infiltrou pela fronteira através de um portão de emergência na manhã de sábado.

O atirador caminhou cerca de cinco quilômetros de seu posto de guarda no Egito e escalou um penhasco para chegar ao portão de emergência, o que indicou seu conhecimento da área e da barreira de segurança. Ele cortou as amarras com uma faca de combate, abriu a pequena entrada para Israel e caminhou cerca de 150 metros até o posto de guarda onde estavam Iluz e Ben Nun.

Ben Nun e Iluz haviam começado um turno de 12 horas juntos às 21h de sexta-feira no posto militar na fronteira egípcia. Por volta das 2h30, as tropas frustraram uma tentativa de contrabandear drogas pela fronteira, cerca de 3 km ao norte da posição de Ben Nun e Iluz, apreendendo contrabando com um valor estimado de NIS 1,5 milhão.

Às 3 da manhã, o incidente de contrabando foi encerrado. Às 4h15, as tropas enviaram um mensagem por rádio para o posto de guarda onde Ben Nun e Iluz estavam localizados, que responderam que estava tudo bem.

Os contrabandistas egípcios geralmente operam jogando contrabando pela fronteira para beduínos israelenses, que então vendem as drogas em Israel.

Acredita-se que o policial egípcio tenha se esgueirado até o posto de guarda e aberto fogo entre 6 e 7 da manhã, matando Ben Nun e Iluz. Como os soldados não atenderam às ligações pelo rádio na manhã de sábado, pouco antes de seu turno terminar às 9h, um policial foi ao local e descobriu a dupla morta perto do posto.

A dupla não disparou suas armas, de acordo com a investigação das FDI, indicando que foram pegos totalmente de surpresa pelo agressor. Os militares investigam a possibilidade de que eles tivessem adormecido ou não estivessem prestando atenção na fronteira.

As tropas que falaram com o The Times of Israel criticaram a dificuldade em realizar turnos de 12 horas no que é considerado uma fronteira pacífica. “Acreditar em uma ameaça potencial é muito difícil em algumas áreas. É difícil levar isso a sério”, disse um soldado, falando sob condição de anonimato.

As FDI  também investigam por que não houve alerta após a infiltração do policial em Israel e examinam os arranjos de segurança em torno dos vários portões pequenos na cerca.

Depois que o oficial descobriu os corpos de Ben Nun e Iluz por volta das 9h, oficiais militares declararam um incidente terrorista na área e iniciaram as buscas.

Pouco depois das 11h, um drone do exército identificou o terrorista escondido atrás de uma formação rochosa. O terrorista abriu fogo contra um grupo de soldados que se aproximou da área, atingindo Dahan fatalmente. Vários minutos depois, outro grupo de soldados se aproximou do policial egípcio, matando-o.

O egípcio carregava duas facas de combate, usadas para romper a barreira, comida, uma cópia do Alcorão e seis pentes para seu rifle de assalto, indicando que ele havia planejado um ataque maior.

AS FDI e o exército egípcio estão investigando em conjunto o incidente.

A fronteira Israel-Egito tem se mantido pacífica desde que os dois países assinaram um acordo de paz em 1979, o primeiro de Israel com um estado árabe. Na última década, Israel construiu uma grande barreira ao longo da fronteira, destinada, principalmente, a impedir a entrada de imigrantes africanos e terroristas islâmicos que operam no Sinai egípcio.

Fonte: The Times of Israel
Foto: FDI

Um comentário sobre “General vai investigar falhas em ataque na fronteira

  • Maria Nazinha Assunção da Silva

    Que horror,uma mente tão maléfica, que planeja matar desse jeito.Que Pedimos ao Eterno paz pra Israel. 🙏🙌❤️🇮🇱🇮🇱

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