Gantz vê sinais de progresso no acordo de reféns
Em uma coletiva de imprensa, em Tel Aviv, na noite de ontem, o Ministro do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, fez uma atualização sobre as negociações em curso para a libertação de reféns detidos desde o ataque de 7 de outubro, afirmando: “Há sinais iniciais que sugerem progresso”.
Gantz expressou um otimismo cauteloso sobre a possibilidade de chegar a um novo acordo para a sua libertação.
Ele reiterou o compromisso inabalável de Israel em trazer os reféns para casa, afirmando que “não negligenciaremos nenhuma oportunidade de trazer os reféns para casa”. Ele enfatizou que nenhum esforço será poupado para garantir o retorno seguro dos cativos.
As suas declarações foram feitas depois da decisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de não enviar uma delegação israelense para retomar as conversações no Cairo na semana passada, o que causou frustração entre membros do gabinete de segurança, incluindo Gantz e Gadi Eisenkot.
Em relação ao início iminente do Ramadã, Gantz enfatizou a disponibilidade de Israel para intensificar a sua ofensiva em Rafah se um acordo de reféns não for alcançado antes do início do mês sagrado muçulmano.
Esclarecendo a posição de Israel sobre o acesso dos árabes israelenses ao Monte do Templo durante o Ramadã, Gantz afirmou que “o gabinete de segurança estava considerando limitar o acesso apenas para certas pessoas consideradas perigosas”. Ele sublinhou a necessidade de medidas de segurança, ao mesmo tempo que se opõe às políticas excessivamente restritivas propostas por alguns membros do governo.
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Ele não ofereceu mais detalhes, mas relatos não confirmados na mídia árabe, na quarta-feira, afirmaram que o Hamas havia suavizado um pouco a sua posição, à medida que prosseguem as negociações entre os representantes e mediadores do grupo terrorista no Cairo.
O Canal 12 informou, na noite de quarta-feira, que Israel estava se preparando para participar de outra cúpula de alto nível em Paris na sexta-feira, com o objetivo de garantir um acordo de reféns.
Tal como a primeira reunião deste tipo em Paris no final do mês passado, esta contaria com a presença do chefe do Mossad, David Barnea, do primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, do chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel, e do chefe da CIA, Bill Burns.
Netanyahu havia considerado as exigências do Hamas como irrealistas e não relacionadas com o conflito de Gaza, ecoando sentimentos semelhantes expressos pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
Fonte: Revista Bras.il a partir de i24NEWS e The Times of Israel
Foto: Lisa Ferdinando (US Secretary of Defense)