Gallant apela para formação de governo de unidade
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, está considerando tentar formar um governo de unidade com os líderes dos partidos de oposição Yair Lapid, do Yesh Atid e Benny Gantz, do Unidade Nacional, para aliviar a divisão na sociedade causada pela reforma judicial.
Gallant concluiu que Lapid e Gantz devem ser incluídos com urgência, enquanto o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, figuras controversas no gabinete, dos partidos de direita Otzma Yehudit e Sionismo Religioso, respectivamente, devem ser excluídos da coalizão, informou o Yedioth Ahronoth, na sexta-feira.
De acordo com a reportagem do colunista Nahum Barnea, Gallant está disposto a renunciar ao seu cargo de Ministro da Defesa, se necessário, para a formação de um governo de unidade nacional.
Segundo o jornal, Gallant citou uma série de questões para justificar seu apoio a um governo de unidade nacional, a maioria delas relacionada à oposição à reforma judicial.
“Na situação que foi criada no sistema de defesa, no sistema de saúde, no judiciário, no relacionamento com o governo dos EUA, nas ruas da cidade, este é o passo apropriado a ser dado”.
Durante meses, Gallant criticou seu próprio governo pela maneira como lidou com o plano de reforma judicial, fazendo um apelo televisionado em março pedindo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que suspendesse a reforma judicial.
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As críticas públicas de Gallant à reforma e ao governo levaram Netanyahu a demiti-lo do cargo de ministro da Defesa, revertendo a decisão dias depois e suspendendo o plano de reforma judicial.
Antes da aprovação, nesta semana, do projeto de lei que limita o poder judiciário de suspender decisões do governo com base no padrão de razoabilidade, Gallant implorou aos legisladores da oposição e da coalizão que chegassem a um acordo para uma versão amenizada do projeto.
“Tentei chegar a um acordo”, disse Gallant a colegas a portas fechadas, de acordo reportagem do Yedioth Ahronoth. “Se eu tivesse saído do plenário não teria mudado nada. É melhor eu ficar atrás do volante hoje em dia”.
Gallant está particularmente preocupado com a recusa dos reservistas militares de cumprir seu serviço voluntário. Os militares alertaram, na terça-feira, que sua prontidão de combate pode ser prejudicada em breve se milhares de soldados reservistas em posições-chave, especialmente pilotos, não comparecerem ao serviço por um longo período de tempo.
Membros da direção do Likud disseram ao site de notícias Ynet, na sexta-feira, que a coalizão só deveria aprovar novas leis de revisão após acordos com a oposição, e não unilateralmente.
“É proibido permitir que o ministro da Justiça Yariv Levin legisle unilateralmente, como planeja fazer na próxima sessão da Knesset”, disse um alto dirigente do partido não identificado, acrescentando que Netanyahu e seus aliados entendem que os projetos de lei estão causando muitos danos.
“Precisamos romper com Ben-Gvir e todos os atores extremistas da coalizão que só causam danos ao Likud”, disse ao site um ministro do Likud sob a condição de anonimato.
Os comentários refletem apelos públicos de membros moderados do Likud preocupados com a direção que o partido está tomando.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel e WIN
Foto: Wikimedia Common
Não é novidade que tem traidores esquerdistas dentro do Licud.
Aliás, procurei na mídia israelense da direita e não encontrei essa que é uma notícia que pelo menos parcialmente é falsa já que a coalizão de direita continua, pelo menos até agora,
Sugiro que pare imediatamente com as ofensas. Aqui não há notícias falsas