Gabinete se reúne, mas não decide
O gabinete do coronavírus se reuniu ontem para discutir o estado da pandemia no país e revisar os planos para reduzir gradualmente o bloqueio, à medida que a taxa de infecção diminui. Nenhuma decisão foi tomada durante a sessão e os ministros se reunirão novamente na próxima segunda-feira (12/10) para reexaminar a situação, mas provavelmente nada mudará até 18 de outubro.
O primeiro-ministro Netanyahu disse num vídeo divulgado no Twitter que, embora Israel esteja vendo os números de infecção cair, os especialistas recomendam esperar para ver se a tendência continua. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de infectados teve uma pequena queda, mas o número de testes também diminuiu devido aos feriados.
A “estratégia de saída” discutida pelo gabinete do coronavírus e recomendada pelo Ministério da Saúde seria realizada em várias etapas, com duas semanas necessárias entre cada fase, sujeito à adesão do público e taxas de morbidade decrescentes, em vez de datas pré-determinadas.
Os ministros também discutiram a imposição de penalidades adicionais às empresas que violarem as diretrizes, incluindo a negação de subsídios governamentais adicionais programados para serem entregues a empresas em dificuldades como resultado das restrições do COVID-19.
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No dia 12 de outubro, o governo vai avaliar a situação com base no índice R-zero (R0 é um termo matemático que indica o quão contagiosa é uma doença infecciosa. R0 indica o número médio de pessoas que contraem uma doença contagiosa de uma pessoa com essa doença. Por exemplo, se uma doença tem um R0 de 18, uma pessoa que tem a doença a transmitirá a uma média de outras 18 pessoas).
Se o R-zero cair para menos de 0,8 e o número de casos diários for 2.000 ou menos, recomenda-se prosseguir com o primeiro estágio da estratégia de saída.
Isso permitiria a abertura de empresas que não recebem clientes pessoalmente, a abertura de creches para crianças entre 0 e 6 anos e a abertura do Aeroporto Ben Gurion apenas para passageiros em viagens de negócios.
Se a taxa subir acima de 0,9, então restrições adicionais seriam recomendadas.
No segundo estágio do plano de saída, poderiam retornar as turmas de primeira a quarta séries e o setor público teria permissão para operar com 50% da capacidade.
Durante o terceiro estágio, os clientes presenciais seriam permitidos nas empresas, de acordo com os protocolos de saúde do “selo roxo” do governo. Salões de cabeleireiro seriam abertos, e cafés e restaurantes poderiam atender clientes do lado de fora, além de oferecer serviços para viagem.
Na quarta fase, as equipes esportivas profissionais poderiam retornar ao pleno funcionamento e as academias, hotéis, clubes esportivos e piscinas públicas poderiam ser abertos.
Na quinta etapa, o Aeroporto Ben Gurion aumentaria gradativamente as operações, restaurantes e cafés seriam autorizados a atender os clientes em ambientes fechados, e os eventos culturais também seriam permitidos de acordo com as diretrizes de saúde atualizadas.
Na sexta fase, as séries da sexta à oitava teriam permissão para retornar às aulas presenciais.
Na sétima etapa, todo o sistema educacional voltaria às aulas presenciais, enquanto o país passaria a operar integralmente sob o protocolo do “semáforo”, que atribui restrições com base no nível de morbidade de um determinado local.
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