Gabinete COVID se reúne hoje para novas regras
O gabinete do coronavírus se reúne, hoje, para trazer de volta o sistema de Passe Verde, um dia depois de Israel registrar o maior número de novos casos de coronavírus, desde março, 1.377.
O primeiro-ministro Naftali Bennett e o ministro da Saúde Nitzan Horowitz devem pressionar para trazer de volta o sistema de Passe Verde para todas as reuniões internas de mais de 100 participantes, além do “Passe Feliz” que deve entrar em vigor à meia-noite desta quarta-feira para casamentos e todos os eventos internos com mais de 100 pessoas onde é servida comida.
Ambos os sistemas permitem o acesso a tais encontros apenas a indivíduos vacinados, recuperados ou com teste de coronavírus negativo realizado nas 72 horas anteriores.
Os eventos também podem organizar uma estação de teste rápido para seu público, desde que cadastrados no Ministério da Saúde.
De acordo com a regra aprovada, a responsabilidade de verificar se os participantes são elegíveis para acessar o local recai sobre os proprietários, que podem ser multados em até NIS 10.000 caso não cumpram, enquanto os participantes individuais que não cumprirem os requisitos podem ser multados até NIS 1.000.
Além disso, qualquer empresa ou serviço público funcionando em espaço fechado está proibido de fornecer serviços a seus clientes que não usem máscara. Pode ser aplicada multa de até NIS 10.000 aos proprietários e de até NIS 1.000 aos clientes que não atenderem à obrigação.
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Em preparação para a discussão do gabinete, Horowitz e Bennett se reuniram com representantes dos setores aos quais se o Passe Verde deve ser aplicado.
“Não vamos derrubar as regulamentações sobre as economias de diferentes setores sem um diálogo real com as pessoas da área”, disse Horowitz durante uma reunião com proprietários de academias. “Ao contrário das rodadas anteriores, desta vez o Ministério da Saúde está iniciando uma discussão aberta com os dirigentes do setor de fitness para ouvir suas necessidades e entendermos juntos como reduzir a infecção, com o mínimo de danos à economia e ao dia a dia. E sim, esporte também é saúde”.
Horowitz, Bennett e o ministro da Cultura e Esportes, Chili Tropper, também se reuniram com uma delegação do setor cultural de Israel.
“Nosso objetivo é entender o seu mundo e pensar juntos sobre como, por um lado, não permitirmos que o mundo da cultura se transforme em uma incubadora corona e, por outro lado, permitir a cultura, o trabalho e a vida”, disse Tropper.
No gabinete, os ministros também devem discutir a questão do aeroporto, que é considerado um ponto crucial para limitar a entrada de infectados e variantes no país.
Em declarações à Ynet, Horowitz confirmou que não se pretende fechar o aeroporto.
“Acredito que o único aeroporto internacional de Israel deva permanecer aberto”, disse ele, acrescentando que há outras considerações além das questões de saúde.
Ao mesmo tempo, porém, Horowitz disse que a direção que estão considerando é exigir de quem volta do exterior um período de isolamento, independentemente do país de origem ou da situação de imunização.
No momento, o período mínimo de quarentena em Israel é de sete dias com teste negativo no início do período e no sétimo dia, porém, as autoridades de saúde estão considerando propor um tempo menor, pelo menos para indivíduos vacinados ou recuperados que retornarem de países considerados de “baixo risco”.
Segundo relatos, o tema gerou polêmica entre os ministros e uma decisão sobre esta questão pode ser adiada.
Em uma coletiva de imprensa na segunda-feira, o Diretor-Geral do Ministério da Saúde, Prof. Nachman Ash, disse que dentro de duas semanas Israel poderia ter até 2.000 novos casos diários, bem como 30 novos pacientes graves por dia logo em seguida, dado que o índice de indivíduos infectados que se tornam graves é de cerca de 1,5%.
Israel nunca registrou um número tão alto de casos em 24 horas no passado. O maior, em torno de 10.000 em um número limitado de dias no pico da pandemia, quando havia cerca de 1.200 pacientes graves, colocou uma carga sem precedentes no sistema de saúde.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Olivier Fitoussi (Flash90)
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