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G20 defende a solução de dois Estados

A solução de dois Estados “como a única possível” para o conflito entre israelenses e palestinos foi defendida amplamente por chanceleres dos países do G20 reunidos no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, um evento no qual a guerra na Faixa de Gaza ocupou um lugar central.

Na reunião de dois dias dos ministros de Relações Exteriores do grupo, que o Brasil preside temporariamente, “destacou-se a virtual unanimidade no apoio à solução de dois Estados como sendo a única solução possível para o conflito entre Israel e Palestina”, afirmou o ministro Mauro Vieira.

Vieira “só não disse unanimidade porque nem todas as intervenções (dos países) trataram do assunto, mas quem se manifestou apoiou, e foi muita gente”, disse à AFP uma fonte do Itamaraty.

Esse consenso também foi destacado pela União Europeia. “Pedi ao ministro brasileiro que em sua conclusão oral abordasse o tema e explicasse ao mundo que no G20 todo mundo foi favorável a esta solução”, disse à imprensa o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, também se disse favorável a uma solução de dois Estados. “Todos queremos que este conflito termine o mais rápido possível, mas devemos nos assegurar de que não deixe condições que só vão repetir o ciclo de violência”, disse Blinken.

“Estamos trabalhando aqui com muitos sócios em um marco que possa produzir paz e segurança duradouras. Isto quer dizer que Israel esteja integrado na região, com relações normais com países-chave, com garantias firmes para sua segurança e um caminho concreto para um Estado palestino”, acrescentou, segundo a transcrição de sua intervenção a portas fechadas na quarta-feira.

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Segundo o jornal americano The Washington Post, os EUA e vários países árabes trabalhavam em um plano global de paz com um calendário para a fundação de um Estado palestino, uma vez encerrada a guerra atual entre Israel e Hamas em Gaza.

Sem entrar em detalhes, Borrell disse esperar que “nos próximos dias” se materialize uma iniciativa árabe.

A solução, acrescentou o europeu, tem que ser “em acordo com os Estados Unidos e com o mundo árabe”.

Os pronunciamentos na reunião no Rio ocorrem um dia depois de a Knesset, o parlamento israelense, aprovar por ampla maioria uma resolução contra qualquer “reconhecimento unilateral de um Estado palestino”, que segundo o texto, equivaleria a recompensar “o terrorismo sem precedentes” do Hamas.

“Não recompensaremos o terrorismo com um reconhecimento unilateral, em resposta ao massacre de 7 de outubro, do mesmo modo que não aceitaremos soluções impostas”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após a aprovação do texto.

Na abertura do G20, o Brasil pôs o tema na agenda, ao criticar a inação “inaceitável” dos organismos multilaterais diante dos conflitos em Gaza e Ucrânia.

O Brasil defendeu “uma profunda reformulação” do Conselho de Segurança, que fracassou reiteradas vezes em alcançar um acordo sobre a guerra em Gaza.

Os Estados Unidos, principais aliados de Israel, voltaram a vetar na terça-feira uma resolução que pedia um cessar-fogo imediato em Gaza.

Antes de participar da reunião do G20, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, se reuniu na quarta-feira com o presidente Lula, a quem expressou seu “desacordo” com as declarações de que o Exército de Israel estaria cometendo “genocídio” em Gaza e de que a campanha militar israelense no território palestino seria comparável ao Holocausto.

“O secretário abordou o assunto de Gaza e deixou claro nosso desacordo com esses comentários”, disse um alto funcionário do Departamento de Estado após o encontro.

As declarações de Lula provocaram indignação em Israel, que declarou o presidente “persona non grata”. Em resposta, o Brasil convocou o embaixador israelense e chamou para consultas seu embaixador em Tel Aviv.

Fonte: revista Bras.il a partir de swissinfo
Foto: Prefeitura do Rio de Janeiro

Um comentário sobre “G20 defende a solução de dois Estados

  • JOSE COSME BATISTA DA SILVA

    Em 1948 quando foi declarada a independência do Estado de Israel dos britânicos, seria criado dois estados, árabes/palestinos, porém houve recusa de todos os países Árabes, queriam tudo para eles, Israel ficou com sua parte, lutou batalhou para transformar os desertos áridos, os pântanos em terra fértil, os países Árabes não contentes com a independência de Israel se uniram para atacar Israel, mas esqueceram que tem um Deus que sempre defendeu o seu povo, e foram derrotados, os próprios Árabes Palestinos fugiram da guerra e Israel ocupou o que já era devido desde a antiguidade e já 75 anos vivem em seu Estado livre e prosperando e ajudando todos que querem o bem de Israel, hoje o G20 quer criar outro estado para os Palestinos, que absurdo, com o Hamas no Poder? Jamais, está bem claro que este grupo terrorista e outros como o Hezbollah,apoiados pelo Irã, querem sepultar o povo judeu no mar mediterrâneo e riscar a sua memória, criar um estado palestino em Israel é dar carta branca para a disseminação do povo israelense e o fim do mundo, pois se Israel se acabar será o fim de todas as nações do mundo porque a destruição virá a todos que são contra o povo de Israel.

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