Funcionário do Shin Bet preso por vazar informações
Um funcionário do Shin Bet, que estava na organização há mais de 20 anos, foi preso sob suspeita de ter vazado informações confidenciais para entidades não autorizadas, incluindo a investigação sobre a infiltração do Kahanismo na polícia, informou o Departamento de Investigação Policial do Ministério da Justiça nesta terça-feira.
O funcionário, que está preso há seis dias, é suspeito de ter transferido informações confidenciais do Shin Bet para um jornalista e uma autoridade eleita.
“Apesar da existência de uma ordem de silêncio sobre todos os detalhes do caso, infelizmente, a ordem foi flagrantemente violada, e detalhes da investigação em andamento foram publicados ilegalmente”, disse a polícia.
“Em vista da disseminação de informações parciais e incorretas, foi decidido suspender a ordem de silêncio para impedir a disseminação contínua de informações enganosas”, acrescentou o comunicado.
Segundo a mídia israelense, a autoridade para quem a informação foi vazada é o Ministro de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo, Amichai Chikli.
De acordo com informações liberadas para publicação, o funcionário do Shin Bet também vazou informações confidenciais para o jornalista do Canal 12, Amit Segal.
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O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, criticou duramente as autoridades responsáveis pela investigação em andamento sobre o vazamento confidencial feito pelo funcionário do Shin Bet.
Ben Gvir chamou o chefe do Shin Bet, Ronen Bar, a procuradora-geral Gali Baharav Miara e o chefe do Departamento de Investigações Policiais Internas, Keren Ben Menachem, de “três pessoas do ‘estado profundo’ que estão cruzando todos os limites”.
Depois que a reportagem foi ao ar dizendo que o Shin Bet relizava a investigação secreta sobre a possível infiltração de elementos de extrema direita na Polícia de Israel, após suspeita de interferência política na força pelo gabinete do ministro da segurança nacional, Ben Gvir chamou o acontecimento de um “terremoto” que, segundo ele, justifica a decisão do governo de demitir Bar.
Desde o início da guerra, diversos casos sensíveis à segurança foram investigados. Entre outros casos, as autoridades continuam investigando alegações de que assessores do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Yonatan Urich e Eli Feldstein, foram pagos para promover os interesses do Catar em Israel.
Além disso, as autoridades continuam investigando o caso envolvendo Eli Feldstein e o suboficial das FDI Ari Rosenfeld, no qual documentos confidenciais vazaram para um jornal alemão.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post, The Times of Israel e Israel National News
Foto: Wikimedia Commons