Fórum Social Mundial defende antissemitismo
Texto: Raphael Branco (colaborador no Rio de Janeiro)
No domingo (24), a organização brasileira do movimento de Boicote, Desinvestimentos e Sanções (BDS) participou de um evento global onde discutiu temas considerados antissemitas e contrários ao direito de soberania de um Estado judeu.
Entre os dias 23 e 31 de janeiro, o Fórum Social Mundial (encontro anual de organizações sociais internacionais que discutem propostas antiglobalização) realiza uma série de encontros a fim de abordar assuntos que envolvem a Palestina, em parceria com a Frente em Defesa do Povo Palestino. Neste ano o evento é online devido a pandemia de COVID-19.
No domingo (24), organizadores do BDS participaram de uma webinar com o objetivo de desmistificar os termos “antissemitismo” e “antissionismo”, que na opinião do grupo são usados frequentemente como uma propaganda da comunidade judaica com o fim de criminalizar a “resistência palestina à ocupação dos territórios da Cisjordânia”. Uma campanha por liberdade, justiça e igualdade teve início em 2005 após pedidos da sociedade civil palestina.
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Com o título “Antissionismo não é antissemitismo”, a palestra virtual teve participação dos especialistas brasileiros da relação Israel-Palestina, Bruno Huberman e Reginaldo Nasser.
Acusações de antissemitismo ao BDS
Apesar de ter sido fundado tendo como inspiração a campanha de boicote que deu fim ao regime do Apartheid, na África do Sul, o BDS é acusado por diversas autoridades mundiais por difundir ideias antissemitas.
Em 2019, o Departamento de Estado dos Estados Unidos e o Parlamento da Alemanha classificaram o grupo como um movimento antissemita. E no ano de 2016 o próprio Fórum Social Mundial cancelou um evento em Israel após críticas a propagandas que satirizavam judeus.
Sobre o Fórum Social Mundial
O Fórum Social Mundial é um evento anual de alcance global que debate temas propostos por movimentos sociais com o intuito de alterar questões sociais importantes.
Representantes tanto do Fórum Social Mundial quanto do BDS afirmam que o movimento é uma reação às violações do Estado de Israel às leis internacionais em relação ao direito do povo palestino.
Fontes: The Times of Israel, Fórum Social Mundial
Foto: Miriam Alster/Flash 90
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