FDI determinam que combatentes ocultem suas identidades
As FDI ordenaram que todo o pessoal de combate permaneça anônimo, que a publicação de fotos de zonas de combate receba aprovação especial, e que briefings legais precedam quaisquer entrevistas.
Essa diretiva foi emitida na quarta-feira pelo Chefe do Estado-Maior das FDI, Herzi Halevi, em resposta aos esforços crescentes de ativistas anti-Israel para atingir o pessoal das FDI no exterior.
A decisão, com início imediato, aplica-se a todo o pessoal da patente de brigadeiro-general e abaixo. Ela afeta milhares de soldados da ativa e da reserva, incluindo comandantes de batalhão, companhia e brigada de unidades padrão, não apenas forças de elite, que frequentemente davam entrevistas públicas após o ataque do Hamas em 7 de outubro.
Embora as imagens e vídeos existentes desses indivíduos não sejam afetados retroativamente, todas as aparições futuras obedecerão às novas diretrizes.
A Divisão de Direito Internacional da FDI informará pessoalmente os soldados e oficiais antes de quaisquer entrevistas, e as imagens de zonas de combate com pessoal exigirão autorização especial antes da publicação. A medida garante que a identidade dos soldados de infantaria será protegida como a de um piloto da Força Aérea ou um comandante nas unidades navais ou de comando.
A decisão decorre das ameaças crescentes contra o pessoal da FDI em viagem ao exterior, incluindo de organizações como a Hind Rajab Foundation, supostamente operada por ativistas pró-terroristas na Bélgica. Queixas recentes apresentadas pela fundação levaram uma juíza brasileira a ordenar uma investigação sobre um soldado da FDI que estava de férias no país, levando o soldado a voltar a Israel.
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Preocupações sobre tais incidentes aumentaram desde que surgiram relatos, no mês passado, de soldados sendo avisados sobre viagens devido ao risco de prisão ou interrogatório. Alguns membros do FDI tiveram que deixar países abruptamente, enquanto outros foram aconselhados a sequer viajar.
A decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir mandados de prisão para líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da defesa Yoav Gallant, intensificou os temores de ações judiciais internacionais contra oficiais e soldados das FDI.
As FDI, há muito tempo, pedem que o pessoal que serviu em Gaza evite postar imagens ou vídeos da guerra, que poderiam ser usados como evidência em investigações de crimes de guerra. Apesar desses avisos, muitos soldados descumprem as ordens militares, levando à criação de “listas negras” por organizações pró-palestinas na Europa e em outros lugares.
Para mitigar esses riscos, a FDI agora avalia solicitações de viagem caso a caso, particularmente para aqueles que serviram em Gaza. Embora os soldados não sejam explicitamente proibidos de viajar para o exterior, os militares avaliam os riscos para cada solicitante, focando em comandantes e combatentes envolvidos em operações em Gaza.
A nova política reflete a crescente preocupação da FDI sobre o potencial uso indevido de imagens e informações contra seu pessoal em procedimentos legais internacionais. Com grupos pró-palestinos operando uma vasta rede pela Europa e outras regiões, os militares visam proteger seus soldados de riscos legais e pessoais.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: FDI