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FDI confirmam ataque no Iêmen

Fortes explosões foram ouvidas neste sábado, em Hudaydah, no oeste do Iêmen, no território controlado pelos Houthis.

O exército israelense confirmou o ataque a um porto no Iêmen controlado pelos jihadistas Houthi, um dia após o grupo ter perpetrado um ataque com um UAV (drone) que deixou um morto e vários feridos em Tel Aviv.

Caças das FDI atingiram alvos militares do regime terrorista Houthi na área do Porto de Al Hudaydah, no Iêmen, em resposta às centenas de ataques realizados contra o Estado de Israel nos últimos meses.

O ataque foi aprovado em uma reunião especial de gabinete realizada hoje ao meio-dia. O ataque foi realizado durante a reunião, que durou cerca de quatro horas.

Os ministros receberam convocações pessoais do chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, 45 minutos antes da reunião, para evitar vazamento de informação.

O gabinete disse que “Israel entende que após o ataque, uma frente ativa será aberta contra os Houthis que levará a uma cadeia de reações, e está pronto para isso”.

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O ministro da Defesa, Yoav Galant, disse esta noite que “o fogo que agora arde em Hodeidah é visto em todo o Oriente Médio e este assunto tem implicações claras. Os Houthis atacaram Israel mais de 200 vezes, e pela primeira vez atingiram um cidadão israelense. O sangue dos cidadãos israelenses tem um preço, não é em vão, sabemos disso hoje no Líbano, em Gaza, no Iêmen e também em outros lugares, se eles ousarem nos atacar o resultado será o mesmo”.

Uma fonte iemenita ameaçou que “a agressão israelense em Hodeidah terá uma resposta”. Uma fonte importante dos Houthis disse que “o porto de Haifa será o alvo” e o vice-ministro das Comunicações dos Houthis disse que “a resposta será severa”.

Imagens da área mostram fumaça e fogo em instalações petrolíferas. Segundo o canal saudita Al-Hadath, dez ataques israelenses ao porto de Hodeidah foram realizados de uma só vez. Após o ataque, foi relatado um corte de energia na capital do Iêmen, Sana’a.

O Ministério da Saúde do Iêmen afirmou que há mortos e feridos no ataque. A rede saudita Al-Arabiya informou que “este é um ataque conjunto de Israel, dos Estados Unidos e do Reino Unido”. Afirmou-se que os Estados Unidos e o Reino Unido ajudaram Israel a reabastecer os aviões. No entanto, os EUA negaram o relatório e disseram que “Israel agiu sozinho”. Segundo relatos, mais de dez aviões israelenses, incluindo aviões F-35 e F-16, participaram do ataque.

O UAV que explodiu no centro de Tel Aviv voou em uma nova rota. Foi lançado do Iêmen e atravessou o Egito até o Mar Mediterrâneo carregando uma ogiva extremamente pequena, duas vezes menor que o tamanho de um UAV “típico”, para que pudesse transportar mais combustível e aumentar o alcance do voo.

Acredita-se que o UAV Samad-3, de fabricação iraniana, modificado para ter um alcance maior  voou mais de 2.000 km em mais de 10 horas para chegar a Israel.

O Samad-3 havia sido descrito anteriormente como tendo um alcance de cerca de 1.500 km. Acredita-se que os Houthis , segundo a FDI, modificaram o drone para que ele carregasse menos de 10 kg de explosivos, abaixo dos 18 kg padrão. Assim, ele foi capaz de armazenar mais combustível, voar por mais tempo e chegar a Israel.

Ontem de manhã, o porta-voz das FDI, Brigadeiro-General Daniel Hagari, fez uma declaração à mídia, na qual esclareceu que se tratou de um erro humano. As FDI perceberam que houve um erro de julgamento e assumiram a responsabilidade por isso. Além disso, o Chefe do Estado-Maior Herzi Halevi conduziu uma avaliação da situação e dirigiu uma investigação de inteligência e tecnológica para compreender a arma e a área de onde foi lançada.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Mako, N12 e The Times of Israel
Foto: Captura de tela

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