EUA querem fortalecer laços com palestinos
O governo Biden estabeleceu uma série de medidas destinadas a aumentar seus laços diplomáticos com os palestinos em vez de reabrir o consulado dos EUA em Jerusalém, uma medida que, relutantemente, engavetou em meio à oposição israelense.
De acordo com duas autoridades americanas e palestinas que falaram ao The Times of Israel, o presidente dos EUA, Joe Biden, elevará o vice-secretário de Estado adjunto para assuntos israelenses e palestinos, Hady Amr, ao papel de enviado especial aos palestinos. Amr permanecerá em Washington, mas fará viagens regulares à região e trabalhará em estreita colaboração com a Unidade de Assuntos Palestinos (PAU), que atualmente é uma filial da Embaixada dos EUA em Israel e está instalada no antigo prédio do consulado de Jerusalém.
Os diplomatas da unidade costumavam atuar independentemente da embaixada, até o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, fechar a missão de fato aos palestinos em 2019.
Embora o governo Trump tenha citado razões de eficiência para a decisão, dado que havia transferido a embaixada dos EUA para Jerusalém um ano antes, a medida foi vista pela Autoridade Palestina como um rebaixamento de seus laços com os EUA, e Ramallah se recusou a se envolver com a PAU.
Mas em uma medida destinada a separar novamente os diplomatas que servem aos palestinos daqueles que servem aos israelenses, a PAU começará oficialmente a se reportar diretamente a Amr em Washington, e não ao embaixador dos EUA em Israel, disseram autoridades dos EUA e palestinas.
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Um diplomata dos EUA disse ao The Times of Israel em dezembro passado que a PAU já estava de fato se reportando diretamente a Washington, mas a medida nunca foi formalizada ou anunciada.
Os dois funcionários que falaram ao The Times of Israel na semana passada disseram que o governo Biden espera finalizar a série de etapas antes da viagem do presidente a Israel e à região da Samaria e Judeia, que deve ocorrer no final de junho.
Biden, durante sua campanha presidencial, prometeu ressuscitar tanto a missão em Jerusalém quanto o escritório diplomático da OLP em Washington, que Trump fechou em 2018.
Fonte: The Times of Israel
Foto: Canva
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