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EUA e Israel unem forças na caça a Sinwar

No labirinto da Faixa de Gaza, uma caçada humana sem precedentes continua por Yahya Sinwar, o líder do Hamas, que continua escondido apesar dos esforços substanciais feitos por Israel e seus aliados para capturá-lo.

Uma investigação recente do New York Times revelou os métodos sofisticados usados ​​nessa caçada, que chegou perto de capturar o líder terrorista em janeiro.

A reportagem citou o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sulivan, que disse que havia equipes americanas especiais auxiliando Israel na busca para localizar e matar o líder do Hamas, inclusive com o uso de equipamentos sofisticados e radares de penetração no solo.

Desde o massacre de 7 de outubro, Sinwar deixou poucos rastros, comparado a um fantasma na mídia. Ausente do público e se comunicando apenas raramente com seus apoiadores, ele deixa poucas pistas sobre sua localização. Os serviços de inteligência israelenses e norte-americanos acreditam que Sinwar abandonou há muito tempo toda comunicação eletrônica, evitando assim uma rede de vigilância muito elaborada.

Em janeiro passado, as forças israelenses pensaram que estavam prestes a capturá-lo, disse a reportagem. Uma operação realizada em um complexo subterrâneo ao sul de Gaza quase falhou, pois Sinwar havia deixado o local alguns dias antes. No entanto, ele deixou para trás documentos valiosos e uma quantia substancial de dinheiro.

Tanto Israel quanto os EUA investiram vastos recursos para localizar o terrorista fugitivo. Eliminá-lo teria um efeito imediato na guerra.

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Ao contrário de outros líderes terroristas, Sinwar continua ativamente envolvido na condução de operações militar. Diplomatas envolvidos em negociações de cessar-fogo em Doha, Catar, relatam que sua opinião era necessária para qualquer decisão importante. No entanto, a comunicação com Sinwar se tornou cada vez mais difícil. Enquanto ele antes respondia rapidamente às mensagens, suas respostas agora são menos frequentes e levam mais tempo, muitas vezes passando por seus representantes.

Ele parou de usar celulares ou telefones via satélite no início da guerra, evitando a vigilância da inteligência. O Times relatou que sua investigação revelou que o Ministro da Defesa Yoav Gallant defendeu entregas de combustível para Gaza, a fim de manter a energia nos túneis do Hamas porque, naquele estágio da guerra, as comunicações de Sinwar eram monitoradas pela inteligência israelense. Ele foi criticado por membros de extrema direita da coalizão.

Sinwar mantém contato com o mundo exterior por meio de uma rede de mensageiros. Oficiais compararam o sistema de Sinwar ao usado pelo líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, que escapou da captura por quase uma década até ser morto em um ataque de operações especiais em sua casa no Paquistão.

Autoridades israelenses e americanas disseram que a caçada por Sinwar é mais frustrante porque, diferentemente de Bin Laden, Sinwar ainda comanda o Hamas e suas operações militares. Eles disseram que ele pode estar com dificuldades para manter contato com seus comandantes, mas é quem ainda decide a estratégia do grupo terrorista.

Sinwar também tem a palavra final nas negociações de cessar-fogo e libertação de reféns. Ele não é apenas o líder máximo do grupo, mas também seria aquele que executaria o acordo no local.

A caçada por Sinwar continua, enquanto a colaboração próxima entre Israel e os Estados Unidos visa capturar o homem considerado o mentor do ataque de 7 de outubro, o mais mortal da história de Israel. O resultado dessa caçada pode redefinir os contornos do conflito em andamento em Gaza.

Segundo o jornal Express do Reino Unido, o líder do Hamas, Yahya Sinwar, abandonou os túneis de terror de Gaza e estaria se escondendo entre os palestinos “vestido de mulher”, disseram fontes de inteligência israelenses ontem à noite.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Wikimedia Commons

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