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EUA e Hamas em negociações diretas sobre reféns

A Casa Branca confirmou que há “conversas e discussões em andamento” com o grupo terrorista Hamas para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.

As negociações, que começaram em janeiro e continuam desde então, são sem precedentes, já que os Estados Unidos nunca antes se envolveram em negociações diretas com o Hamas desde que o grupo foi designado como uma organização terrorista em 1997. É uma política de longa data dos EUA não negociar com grupos que designam como terroristas.

O funcionário do Hamas não especificou se as negociações de janeiro ocorreram com funcionários do governo de Joe Biden ou do novo governo do presidente Donald Trump. Membros de ambas as equipes estavam presentes nas negociações de cessar-fogo em janeiro, antes de Trump assumir o cargo. A Axios relatou que membros do governo Trump se envolveram em negociações com o Hamas recentemente.

Em entrevista coletiva, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, explicou que essas negociações com o Hamas são lideradas pelo enviado presidencial para os reféns, Adam Boehler (destaque à esquerda, na foto), e ocorreram com o conhecimento de Israel, que foi consultado sobre o assunto.

“O enviado especial que está participando dessas negociações tem autoridade para falar com qualquer pessoa, e Israel foi consultado sobre essa questão”, disse Leavitt.

Leavitt não quis entrar no conteúdo das trocas devido à sensibilidade do assunto, embora tenha reiterado que há “conversas e discussões em andamento”.

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A porta-voz defendeu essa abordagem de diálogo com o Hamas como uma possível forma de acabar com a guerra na Faixa de Gaza.

“O diálogo e a conversa com pessoas em todo o mundo para fazer o que é melhor para o povo americano é algo em que o presidente acredita. É um esforço de boa fé para fazer o que é certo pelo povo americano”, disse a porta-voz.

Conforme relatado pelo Axios na quarta-feira, citando duas fontes com conhecimento direto das negociações, reuniões entre Boehler e representantes do Hamas ocorreram em Doha nas últimas semanas.

As negociações se concentraram na libertação de reféns americanos, que está sob a alçada de Boehler como enviado para esses assuntos. Um possível acordo mais amplo foi discutido para a libertação de todos aqueles que ainda estão presos em Gaza e um pacto para acabar com a guerra, de acordo com as fontes citadas pela Axios.

O Hamas também confirmou, na quarta-feira, que manteve conversas diretas com Washington, disse Bassem Naim, alto funcionário do grupo terrorista palestino.

O Hamas havia dito inicialmente que não estava disposto a discutir reféns com cidadania americana como um assunto separado, mas o representante do Hamas disse que agora “nada está fora de questão”. O representante disse que os EUA e o Hamas também estão conversando sobre outras questões, mas não especificou quais eram.

Há 59 reféns ainda mantidos em Gaza. Destes, cinco têm cidadania americana e acredita-se que apenas um ainda esteja vivo.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Aurora e NPR
Fotos: Wikimedia Commons e Shutterstock

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