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EUA avaliam fronteiras antes da isenção de visto

Observadores dos EUA estão em Israel, nesta semana, para avaliar as condições das passagens de fronteira para palestinos-americanos como parte do acordo para a entrada no programa de isenção de visto entre israelenses e americanos.

A delegação visitou o escritório de imigração de Israel, no domingo, o Aeroporto Ben Gurion, na segunda-feira, e na terça-feira os postos de controle nas fronteiras da Samaria e Judeia.

Em troca da entrada nos EUA sem visto para os israelenses, Washington exigiu que Israel, reciprocamente, permitisse passagem irrestrita para os americanos, independentemente de sua origem.

Isso revisaria as regras de viagem para dezenas de milhares de palestinos americanos que vivem na região da Samaria e Judeia, bem como, potencialmente, para os americanos, alguns dos quais reclamam de assédio ou proibições de viagem ao tentar visitar parentes.

Em um período experimental de seis semanas iniciado em 20 de julho, Israel deve mostrar que está admitindo americanos sem tratamento diferenciado como condição para sua admissão no Programa de Isenção de Visto (VWP) dos EUA. O prazo para uma decisão sobre o acordo é 30 de setembro.

Desde o início do período experimental, os palestinos americanos dizem que já há uma diferença. Abdul Jalil Juda disse que conseguiu voltar para casa na Samaria e Judeia pelo aeroporto Ben Gurion, em vez de voar para a Jordânia e fazer a viagem por terra, conforme exigido anteriormente.

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“Foi tranquilo. Quando os seguranças do aeroporto descobrem que você é palestino, eles revistam minuciosamente, mas os procedimentos são tranquilos. Esta é a primeira vez para mim, depois da decisão. É mais fácil para nós”, disse ele à Reuters. “Você pode estar em casa em meia hora”.

A Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém e o Conselho de Segurança Nacional de Israel, que está à frente do período experimental, se recusaram a comentar a visita da delegação dos Estados Unidos.

Os dois tentaram limitar a publicidade em torno do período de avaliação, que ocorre em meio a tensões incomuns entre suas lideranças sobre políticas em relação aos palestinos e outras questões.

Um funcionário disse à Reuters que o período de teste está “indo bem”, sem atrasos significativos para os viajantes palestinos americanos.

Questionados sobre quantos palestinos-americanos viajaram para ou através de Israel durante este período, os oficiais deram avaliações variando de “alta de dois dígitos até agora” a “entre 100 e 200”, mas no geral os números ainda são pequenos.

Um homem que se descreve como o primeiro americano palestino a entrar em Israel nas primeiras horas de 20 de julho disse em um vídeo que sua admissão levou apenas alguns minutos. “Entrei usando apenas o passaporte dos EUA. O pessoal da imigração não perguntou qualquer coisa sobre um passaporte palestino”.

Nerdeen Kiswani, uma estudante de direito palestina-americana da Universidade de Nova York que pediu boicotes anti-Israel, postou no Facebook fotos suas em Israel esta semana depois de cruzar da Jordânia para a Samaria e Judeia em um terminal israelense.

Ela disse que foi impedida de entrar lá em 2015.

“Decidi usar a oportunidade deste programa de isenção de visto para ver minha família depois de ter esse direito negado por quase uma década”, disse ela à Reuters por e-mail.

“Não foi totalmente tranquilo, no entanto, já que tive que esperar quase quatro horas e procurei a Embaixada dos EUA antes de ser autorizada a entrar”, disse ela. A maior parte de sua família “recebeu seus vistos e passaportes quase imediatamente”, acrescentou.

Duas das autoridades que falaram com a Reuters disseram que a delegação dos EUA, composta por representantes do Departamento de Segurança Interna e do Departamento de Estado, deve encerrar a visita esta semana e apresentar relatórios em Washington.

A Embaixada dos EUA disse que continuará monitorando o teste, inclusive compilando todas as reclamações recebidas por meio de um formulário online e números de telefone de emergência publicados em seu site.

A Fundação do Instituto Árabe Americano estima o número de americanos descendentes de palestinos entre 122.500 e 220.000. Um funcionário dos EUA estimou que, desse número, entre 45.000 e 60.000 eram residentes da região da Samaria e Judeia.

Um oficial israelense deu números mais baixos, dizendo que de 70.000 a 90.000 palestinos americanos em todo o mundo, cerca de 15.000 a 20.000 eram residentes da região.

O período experimental não se aplica a centenas de palestinos americanos na Faixa de Gaza, que é governada pelo Hamas, designado como terrorista por Israel e pelos Estados Unidos.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post
Foto: Revista Bras.il

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