EUA aconselham seus cidadãos a deixarem o Líbano
Os EUA entraram, nesta quinta-feira, em uma lista crescente de países que aconselharam os seus cidadãos a deixarem o Líbano devido ao risco de guerra, à medida que aumentam as tensões entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah.
O alerta dos EUA foi feito quando o Ministro da Defesa, Yoav Gallant (foto), alertou durante uma visita a Washington que Israel era capaz de enviar o Líbano “de volta à Idade da Pedra” em qualquer guerra com o Hezbollah, embora tenha sublinhado que é preferível uma solução diplomática.
“Não queremos guerra, mas estamos nos preparando para todos os cenários”, disse Gallant aos repórteres, na quarta-feira, no final de uma visita de quatro dias. “O Hezbollah entende muito bem que podemos infligir danos enormes ao Líbano se uma guerra for lançada”.
Teme-se que os meses de confrontos com o grupo terrorista Hezbollah, apoiado pelo Irã, no Líbano, estejam à beira de se transformar em uma guerra em grande escala, o que os Estados Unidos e outros países têm tentado evitar.
Um aviso da Embaixada dos EUA no Líbano, publicado na quinta-feira, aconselhou fortemente os cidadãos a reconsiderarem viajar para o país, e disse que “os cidadãos dos EUA no Líbano não devem viajar para o sul do Líbano, para a área da fronteira Líbano-Síria ou para assentamentos de refugiados”.
Na quarta-feira, autoridades holandesas e alemãs pediram que seus cidadãos deixassem o Líbano devido ao risco de guerra.
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O jornal libanês Al-Akhbar informou, nesta quinta-feira, que a maioria das embaixadas ocidentais, especialmente as missões europeias, já tinham examinado a costa libanesa em busca de potenciais locais de onde evacuar os seus cidadãos por mar, caso eclodisse uma guerra entre Israel e o Hezbollah.
Desde 8 de outubro, o Hezbollah têm atacado quase diariamente comunidades israelenses e postos militares ao longo da fronteira, o que estaria sendo feiro para apoiar Gaza, em meio a guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas. Nas últimas semanas, vários países deram o alarme de que uma escalada de conflitos em curso na fronteira Israel-Líbano é iminente.
O Al-Akhbar acrescentou que o enviado especial do Catar, Jassim Al Thani, deveria estar em Beirute para se reunir com autoridades de defesa do Líbano, Hezbollah e Amal, um grupo aliado do Hezbollah, num esforço para diminuir as tensões com Israel.
Até agora, os conflitos na fronteira resultaram, no lado israelense, em 10 mortes de civis e 15 soldados e reservistas das FDI. Também houve vários ataques da Síria, sem nenhum ferimento. O Hezbollah diz que 349 membros foram mortos por Israel durante os confrontos em andamento, principalmente no Líbano, mas alguns também na Síria.
A 12ª Brigada da Brigada Golani, que atua nas áreas de Monte Dov e Monte Hermon, na fronteira norte, realizou um exercício simulando combates em terreno complexo, segundo os militares, enquanto outro exercício, realizado pela 55ª Brigada de Paraquedistas de Reserva, praticou vários cenários de combate, incluindo movimento em terrenos complexos e avanço ao longo de uma “rota montanhosa”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Ariel Harmoni (Ministério da Defesa). Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, no Pentágono.