Estudo mostra bullying nas escolas israelenses
Um estudo conduzido pela Autoridade de Pesquisa do Lewinsky College of Education de Israel com jovens entre 18 e 25 anos mostrou que 72% se lembram de eventos de bullying em sua escola.
De uma amostra representativa de 700 jovens, 504 entrevistados relataram eventos de bullying ocorridos durante seus estudos. Alguns foram vivenciados pelos próprios entrevistados e alguns deles foram testemunhas oculares nas escolas.
O estudo também examinou o perfil da criança que sofre um boicote social de acordo com vários parâmetros, incluindo idade, ensino pós-secundário, fluxo educacional em que o aluno estudou, características externas e habilidades sociais e acadêmicas.
As formas mais comuns de boicote eram evitar falar com a criança boicotada (69%), evitar convidar a participar de atividades em grupo (64%) e usar violência (62%).
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O estudo mostra também que o fenômeno do boicote tem consequências de longo prazo, sendo as mais comuns a desconfiança (40%), a solidão (32%) e a ansiedade social (31%).
Do grupo de crianças que sofreu boicote, 62% eram meninas em comparação com 38% meninos.
O fenômeno do bullying é muito comum em escolas públicas: os resultados mostram que 60% dos casos ocorreram em escolas públicas, 21% em escolas religiosas e 19% em escolas ultraortodoxas. 27% das crianças atingidas tinham uma aparência pouco atraente e 21% delas apresentavam problemas de altura e peso. 47% das crianças que sofreram bullying tiveram alto desempenho acadêmico, em comparação com apenas 12% delas, baixo desempenho. Cerca de um terço das crianças boicotadas tinham um status social baixo.
Os resultados mostram que quase 40% das crianças não tomaram nenhuma atitude para lidar com o boicote, quase 40% dos pais não sabiam do bulliyng e apenas 38% das crianças relataram que a escola interveio no boicote.
Foto: Edith Castro Roldán, Oscar Manuel Luna Nieto (Wikimedia Commons)