Estrutura básica para a normalização Israel-Arábia Saudita
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional na Casa Branca, anunciou sexta-feira que foi definida uma estrutura básica para um acordo que pode levar à normalização entre Israel e a Arábia Saudita.
“Acho que todos os lados elaboraram uma estrutura básica para o que podemos alcançar”, disse Kirby aos repórteres.
“Mas, como em qualquer acordo complexo, como inevitavelmente acontecerá, todos terão que fazer alguma coisa. E todo mundo terá que se comprometer em algumas coisas”, acrescentou Kirby.
Segundo John Kirby, vários fatores estão impedindo o progresso do acordo, com o Irã entre os principais, representando ameaças aos Estados Unidos, à Arábia Saudita e a Israel.
A existência de um quadro básico para um acordo entre a Arábia Saudita e Israel foi noticiada em agosto pelo The Wall Street Journal.
Entretanto, no sábado, a Reuters informou a partir de três fontes regionais conhecedoras das conversações que a Arábia Saudita está determinada a garantir um acordo militar que exigiria que os Estados Unidos defendessem o reino em troca da normalização com Israel. Além disso, a Arábia Saudita não comprometeria o acordo, mesmo que Jerusalém não oferecesse concessões significativas aos palestinos.
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Uma fonte americana mencionou à Reuters que, embora a Arábia Saudita possa não receber proteção como um membro da NATO, receberia um acordo semelhante aos que os Estados Unidos têm com os países asiáticos. Se o Congresso dos EUA não aprovar isto, o acordo poderá assemelhar-se ao que os EUA têm com o Bahrein, que acolhe a Quinta Frota. Este assunto foi inicialmente discutido durante uma reunião entre o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman e o presidente Joe Biden durante a visita de Biden à Arábia Saudita em julho de 2022. Nesse caso, o acordo não exigiria a aprovação do Congresso.
A fonte americana também mencionou que Washington pode endossar qualquer acordo designando a Arábia Saudita como um importante aliado não pertencente à OTAN, um estatuto já concedido a Israel e a vários países árabes, como o Egito.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Canva