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Esquiadora israelense faz história diante da adversidade

A esquiadora israelense Shayna Wasfi desce as encostas das montanhas do Colorado a uma velocidade de 90 a 100 quilômetros por hora, manobrando entre as bandeiras, apoiada em uma só perna. Aos três anos, ele perdeu uma perna em um acidente de carro e, agora aos 19, ela se prepara para competir nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, em 2022.

A jovem esquiadora cresceu em Yesud HaMaala, no norte de Israel. “Não me lembro de quando tinha as duas pernas”, diz Shayna. “Isso não limita minhas habilidades e eu não uso a palavra “deficiente”.

Shayna nunca se deixou abater e decidiu encarar a realidade de frente. Encontrou uma maneira de provar a si mesma que nenhum limite a impediria de atingir seus objetivos. Seu amor pela neve começou quando um parente que trabalhava na Fundação Erez a aproximou do mundo do esqui e, rapidamente, isso se tornou o centro de sua vida.

A Fundação Erez foi fundada, em 1999, por ex-membros do Exército de Israel envolvidos em situações de resgate, navegação e sobrevivência em condições extremas de neve. A fundação ajuda pessoas das Forças de Defesa de Israel com deficiência e, nos últimos anos, começou a trabalhar com crianças e adolescentes.

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Shayna vem de um lar religioso e programa seus treinamentos para observar o Shabat. Segundo ela, nos últimos anos, cada vez mais atletas em todo o mundo vêm mostrando que um estilo de vida religioso não é obstáculo para suas carreiras profissionais. Shayna também quer fazer história e se tornar a primeira mulher a competir de saia nas Olimpíadas de Inverno.

No início, diz Shayna, “houve preocupações porque eu venho de um lar religioso e os treinadores geralmente são homens e isso, supostamente, entra em conflito com a halachá, mas meus pais nunca me pararam. Sempre que havia um problema relacionado à religião, eles procuravam uma solução e continuavam me apoiando. Desde que comecei a esquiar de saia, nunca pensei em outra opção.

Shayna conta com o apoio da Fundação Erez e da Associação Desportiva para Pessoas com Deficiência, mas ainda com poucos patrocinadores. “Se não encontrar outras fontes, não conseguirei continuar”, diz a atleta.

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